Gazeta de Muriaé
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Em 26/04/2018 às 11h33

Começou na Câmara a 5º Semana de Prevenção de Acidentes e Doenças do Trabalho

A abertura da 5ª SEMPAT - Semana Municipal de Prevenção de Acidentes e Doenças do Trabalho, organizada pelo Executivo, no plenário da Câmara de Vereadores de Muriaé, contou com a palestra de Érika Novaes, que é uma referência em Saúde do Trabalhador e Trabalhadora de Muriaé, e do Sargento Kleiton Castro, do 2º Pelotão do Corpo de Bombeiros do município.

Segundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), dia 28 de Abril é o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Segundo Érika Novaes, "o dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho,  surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais, sendo escolhida em razão de uma explosão que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969". No Brasil, a Lei 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e, em Muriaé, a Lei 4.668/2014 instituiu a Semana de Prevenção de Acidentes e Saúde do Trabalhador e o Dia Municipal em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho.

Os números apresentados na abertura da semana impactaram os presentes. Há uma média de 700 mil registros de acidentes de trabalho por ano, sendo que o Brasil ocupa atualmente o 4º lugar no mundo em ocorrência de acidentes de trabalho, atrás somente de China, Índia e Indonésia. A área de serviços aparece com 55,69% e a indústria com 41,09%, excluídos os dados de atividade ignorada. Além disso, os números oficiais não abrangem os trabalhadores informais (cerca de 50% dos ocupados no Brasil), os trabalhadores públicos de regime estatutário e os autônomos. E apesar de alarmantes esses índices ainda não apresentam de fato a dimensão do problema, pois há um elevado grau de subnotificação das informações.

Entre as principais causas de acidentes de trabalho no trabalho, segundo Érika Novaes estão a não utilização do equipamento de proteção individual (EPI), que é obrigatório, mas nem sempre é seguido à risca; as falhas ao instruir o trabalhador; a falta de conhecimento sobre segurança no trabalho e sobre a manipulação dos equipamentos; as próprias atitudes imprudentes por parte dos trabalhadores em ambientes perigosos; a negligência ou ausência de fiscalização do ambiente de trabalho e com relação aos direitos dos trabalhadores; o não  cumprimento de leis trabalhistas por parte das empresas; além da manutenção de maquinários velhos e obsoletos.

Foi destacado ainda na sessão que há diversos comportamentos dos trabalhadores que podem colocar a segurança em risco, como o excesso de horas trabalhadas, a falta de conhecimento sobre a atividade a ser executada ou ao maquinário a ser operado, as distrações com conversas paralela, os problemas pessoais ou discussões entre a equipe.

Os palestrantes foram unânimes em apontar a prevenção como a principal forma de evitar, de fato, os acidentes de trabalho. O Sargento Kleiton destacou ainda que as empresas devem oferecer equipamentos adequados e novos aos trabalhadores, de forma que os protejam, estando atentas a legislação em vigor que exige locais de trabalho saudáveis e seguros,b>fiscalizando o uso dos equipamentos de proteção continuamente.



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