Gazeta de Muriaé
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Em 20/11/2016 às 11h53

Viva Vida alerta sobre Pé Diabético e complicações da doença

Uma das partes do corpo mais atingidas pelas consequências do diabetes é, surpreendentemente, o pé. Quando a doença não está controlada e as taxas de açúcar no sangue estão altas, ela pode atrapalhar a circulação sanguínea e provocar problemas nos membros inferiores. É o chamado pé diabético.  

Na última quinta-feira profissionais do CEAE* de Muriaé promoveram uma palestra esclarecedora para os pacientes com diabetes com objetivo de prevenção de complicações realcionadas à doença. 

Dr. Cláurio Rogério (foto acima) falou sobre a importância do evento e os desafios no controle da doença: "O CEAE trabalha com pacientes que tem alto risco de amputações, de ir para a hemodiálise, ou ainda risco de cegueira. Aqui estes pacientes são tratados e compensados metabolicamente para o diabetes. São pacientes graves que vem pra cá com complicações e trabalhamos (equipe multidisciplinar) com eles para que possam retornar para suas famílias. A adesão ao tratamento é de cerca de 80%, mas os resultados estão em torno de 68% dos pacientes que aqui chegam. Estamos dentro dos níveis de aceitação da OMS. A maior dificuldade é exatamente a falta de adesão ao tratamento. O centro realiza busca ativa destes pacientes quando necessário e a prefeitura disponibiliza veículos para os que tem menos condições financeniras".

Existe um protocolo para estes pacientes que fazem acompanhamento nas UBS de atendimento primário, dentro de um critério de avaliação a enfermeira da UBS, encaminha o paciente para o CEAE para acompanhamento especializado. O agendamento é direto e o paciente não enfrenta filas. Finalizou Dr. Cláudio Rogério (endocrinologista). 

O problema do Pé diabético chega a afetar quase metade dos pacientes com a doença acima dos 60 anos. Níveis cronicamente elevados de glicemia favorecem o aparecimento de alterações neurológicas e vasculares capazes de atingir os membros inferiores.
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Complicações podem levar à amputação

A médica ainda afirma que pode haver um risco maior para pacientes cujos problemas circulatórios estejam associados à perda de sensibilidade nos pés. Pessoas com pé diabético podem apresentar complicações, como ulcerações e infecções, o que pode culminar na amputação do membro afetado.

De olho nos sintomas

É preciso ficar atento aos sintomas mais visíveis e comuns em quem não controla o diabetes adequadamente. Dor e queimação nas pernas e pés, formigamentos, perda de sensibilidade, fraqueza muscular, instabilidade articular, deformidades, calosidades e ulcerações são sinais que devem ser levados com seriedade e acompanhados por um médico.

Como se prevenir

A melhor forma de prevenir o pé diabético é consultar um médico especialista regularmente, para que possam ser prescritas medicações com o objetivo de manter as taxas glicêmicas em níveis saudáveis. Além disso, atitudes, como o controle dos níveis do colesterol e da pressão arterial, a prática regular de exercícios físicos e não fumar também ajudam na prevenção de muitas complicações do diabetes.
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Os CEAES - substituem o antigo Hiperdia

Com o objetivo de garantir a organização da Atenção Especializada de média complexidade e articulação com os demais níveis de atenção à saúde, no dia 21 de outubro de 2015, publicou-se a Resolução SES/MG Nº 4.971, que teve como propósito a regulamentação dos chamados Centros Estaduais de Atenção Especializada (CEAEs), bem como seus processos de supervisão e avaliação. Os CEAE se propõem a ofertar serviços de atenção especializada ambulatorial à saúde, destinados a gestantes e crianças de riscos, mulheres que irão realizar a propedêutica para Câncer de colo de útero e mama, usuários com hipertensão arterial sistêmica, Diabetes Mellitus e doença renal crônica de alto risco.

O CEAE Muriaé funciona na Praça Dr. Gilmar Dutra e Melo e Phelippe - ao lado do Hospital São Paulo.

Autor: Fernando Calais

Fonte: diabetes-a-doenca-do-seculo

Tags: Pé diabético, Cláudio Rogério, Viva Vida, Muriaé,



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