Gazeta de Muriaé
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter

Em 08/11/2011 às 15h27

Casos de hanseníase diminuem no estado

Minas Gerais teve uma redução de 7,32% do número de casos de hanseníase, por 100 mil habitantes, de 2011 a 2010. O balanço foi divulgado pelo Ministério da Saúde, na última semana.

De acordo com a coordenadora estadual de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Ana Regina Coelho Andrade, a queda da hanseníase em Minas se deve às melhorias, nesta última década, na área social, como o aceso às redes de água e esgoto, e também do diagnóstico precoce e tratamento. 

Transmitida pela bactéria M. leprae, a hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, que afeta a pele e os nervos periféricos, em especial o dos braços e pernas. Ela pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém é mais comum nos adultos jovens. Sua propagação se dá pela eliminação dos bacilos pela respiração, espirros e perdigotos, por meio dos pacientes que não estejam em tratamento.

Conforme a coordenadora, qualquer área na pele com alteração de sensibilidade ou mancha, nódulos (caroços), inchaços, dor no trajeto dos nervos periféricos das pernas e braços pode ser hanseníase. "Neste caso, o paciente deve ser encaminhado a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para confirmar o diagnóstico, realizado através do exame da pele e palpação de nervos, além de testes para avaliar a função neural e verificar se existe alteração da sensibilidade e força motora. Se o resultado der positivo, o tratamento deve ser iniciar na própria UBS. Dependendo da forma clínica apresentada, o tratamento dura de 6 a 12 meses e não há necessidade de internação", explica.  

Como não há vacina, o tratamento adequado, que impede a transmissão da doença assim que iniciado, em conjunto com a prática da higienização e da boa alimentação, são as melhores formas de prevenção.

Dados em Minas

Em 2010, foram 1.572 casos notificados, dos quais 51 foram em menores de 15 anos. "O acometimento de crianças pressupõe a presença de adultos doentes sem diagnóstico e prática terapêutica, convivendo e transmitindo a moléstia para crianças e adolescentes. A divulgação dos sinais, sintomas, tratamento e cura são importantes armas no combate à hanseníase", esclarece a coordenadora.

Hanseníase ao longo da história

Considerada uma das mais antigas doenças, pesquisas indicam que as primeiras manifestações surgiram há 600 anos a.C, no continente asiático.

Dos tempos bíblicos ao período moderno, a hanseníase sempre foi cercada por um grande estigma e preconceito, devido às deformidades que causava nas pessoas que não realizavam o tratamento precocemente e de modo adequado. Devido à falta de conhecimento, acreditava-se que eram isolando as pessoas do resto da sociedade, nos chamados leprosários, que o problema seria resolvido.

 

 

Tags: hanseníase, casos



Gazeta de Muriaé
HPMAIS