Um acidente na BR.356, próximo ao distrito de Vermelho, envolvendo três veículos deixou seis pessoas feridas na manhã do último sábado. A colisão aconteceu entre um Fiat, um Montana e uma motocicleta. Notícias como esta têm se tornado freqüentes. A polícia rodoviária registrou um aumento significante nos acidentes envolvendo veículos na região. Apurando o número de acidentes noticiados nos últimos 30 dias, o Gazeta constatou que, em apenas um mês, foram cerca de 15 mortes.

O mais trágico aconteceu no dia 4, quando dois automóveis se chocaram com um carreta que transportava vodka, próximo a cidade de Fervedouro. No acidente, cinco pessoas morreram carbonizadas, uma faleceu devido ao choque com a carreta e apenas um sobreviveu.Chefe do núcleo de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, Joel Magno do Carmo Guedes afirma que na maioria dos casos, os acidentes são causados por falhas humanas, seja "pelo desrespeito as regras de circulação do trânsito, sinalização ou velocidade incompatível ao perímetro".Ele atribui também os acidentes ao aumento do número de veículos circulando nas BR’s 116 – a maior do país, e na 356 e a melhora na estrutura das pistas.

"Ao contrário do que muita gente acredita a estrada melhor é sinal de maior número de acidentes, já que as pessoas começam a viajar menos atentas e numa velocidade maior." A bebida alcoólica também é grande responsável por acidentes nas BR’s, assim como o mau tempo."Se somarmos todos estes fatores, vamos ter um aumento no número de acidentes. Somente em duas batidas (uma próxima a Leopoldina e a outra em Fervedouro) que somadas, foram vitimadas 13 pessoas", argumenta Guedes.

Para evitar os acidentes, o chefe de policiamento explica que o motorista tem que ter uma consciência maior quando pegar no volante. Adotar a velocidade exigida pelas placas de trânsito e ficar atendo à estrada pode parecer banal, mas é uma grande dica para quem não quer se envolver em tragédias nas estradas. Durante períodos de chuva, onde acontecem mais acidentes, ele aconselha o motorista a não continuar o percurso, caso a visibilidade esteja fraca e tão pouco parar em acostamentos.

"Procurar um local mais seguro é o indicado", comenta. Ele afirma que a sinalização das rodoviárias na região estão próximas do que é exigido e acredita que o Dnit (Departamento Nacional de Trânsito) tem tomado providências para melhorar os percursos. "Também temos cumprido nosso papel de cobrá-los. Há também campanhas educativas, com intuito de tentar sensibilizar os motoristas a respeitar as normas de transito. Já trabalhamos duas vezes com um projeto chamado Cinema Rodoviário, cujo foco é o uso do cinto de segurança. Levamos motoristas a assistirem a produções audiovisuais que estimulem o uso do material", reforça Guedes.