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Em 24/06/2020 às 22h55

Com toda certeza, no segundo semestre, haverá retorno às aulas', diz Romeu Zema

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou na quarta-feira (24) que as aulas presenciais no Estado irão voltar no segundo semestre deste ano. Anúncio foi feito durante uma transmissão no Facebook para falar sobre o atual momento mineiro com relação à pandemia.

Apesar de ser cauteloso quanto a uma possível data, ele foi enfático em dizer que o ano letivo será retomado ainda em 2020. "O retorno às aulas vai depender muito do andamento da pandemia no nosso Estado. O mais provável é que elas retornem no segundo semestre. Mas neste momento, em que a curva está cada vez mais inclinada, que o número de casos e óbitos está crescendo, fica muito difícil fazer agora uma previsão. Mas com toda certeza no segundo semestre haverá este retorno às aulas", disse: "Eu aproveito a oportunidade para pedir a todos os alunos e pais que façam aquilo que for possível nesse ensino não presencial. Sabemos que o ensino presencial é mais fácil e interativo, mas o recurso que nós temos no momento é esse ensino à distância", completou.

Online

Desde meados de maio, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) adota o programa de teleaulas para os cerca de 1,7 milhão de alunos da rede pública. Os conteúdos são transmitidos por professores pela Rede Minas e também pela TV Assembleia, e os alunos têm acesso a um aplicativo, onde é possível interagir com os próprios educadores. Para complementar, Planos de Estudos Tutorados são disponibilizados na internet.

No entanto, o programa vem recebendo diversas críticas. No fim de maio, O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) denunciou o Governo do Estado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério Público Estadual (MPMG) pelos graves transtornos causados a professores, alunos e pais por causa do regime de teleaulas durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o sindicato, o programa não dialoga com a realidade social dos estudantes, além de apresentar uma estrutura precária para a transmissão das aulas.

Já no começo de junho, uma outra polêmica: Karina Rezende, professora da rede estadual e mestranda em história na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apontou que há informações sem citação às fontes nas apostilas. Ela também pontuou que existem erros gramaticais ao longo do material.

Ela também disse ter observado com outros alunos e pedagogos problemas conceituais nos cadernos. "Na parte de inglês da apostila do primeiro ano, está escrito que William Shakespeare nasceu em 1954. Na apostila de história do sétimo ano, na parte sobre evolução do hominídeo, as espécies Homo habilis e Homo sapiens aparecem como sinônimos, sendo que há mais de um milhão de anos de distanciamento entre ambos. Há falta de material e um ensino errado de algumas disciplinas", pontuou.

Dois dias depois a secretária de Estado de Educação, Julia Sant'Anna, afirmou que os erros apontados foram corrigidos. Qualquer cidadão pode apontar mais falhas no material por e-mail e eles serão corrigidos em até 24 horas nas apostilas digitais, segundo a secretária.

 

 

Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades/com-toda-certeza-no-segundo-semestre-havera-retorno-as-aulas-diz-r



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