Francisco Trambaioli, conhecido também como Chico Novela, tem uma vida de importante trabalho na comunidade como presidente da Associação dos Moradores do Bairro João XXII, mas principalmente a sua dedicação ao esporte, através do Nacional Atlético Clube.

Em entrevista a Gazeta de Muriaé falou acerca da Associação dos Amigos do Nacional Atlético Clube, seus objetivos e muito mais.

Gazeta de Muriaé - O que é a Associação dos Amigos do Nacional?

Chico - A ANAC, Associação dos Amigos do Nacional Atlético Clube foi fundada em 16 de dezembro de 2009 com o objetivo de fiscalizar a administração do clube e promover a cultura e o desporto municipal e regional.

Gazeta - Quais as pessoas que fazem parte da mesma?

Chico - Os fundadores foram Miquel Arcanjo Cézar Guerriere (advogado),

Claudio Quiareli Júnior (advogado), Francisco Tarquinio Trambaioli (representante comercial), Wallace Acar Fernandes (bancário), Lúcio Alves de Castro (aposentado), José Fajardo de Melo Campos (aposentado),

Paulo Roberto Moraes (advogado e corretor imóveis), Asise Resgala Filho (representante comercial), Antonio Fernandes (comerciante), Antonio Roberto de Carvalho (advogado) e Luciana de Oliveira Archete (advogada).

Gazeta - Como é a situação da ANAC?

Chico - Está registrada e de conformidade com a Promotoria Pública de Muriaé, em face da situação do Nacional Atlético Clube, ela vem acompanhando todo o processo relativo á construção do novo Estádio Soares de Azevedo(N.A.C) junto ao Ministério Público sempre dentro da legalidade dos fatos.

Gazeta - Como a entidade tem se postado diante da parte do terreno do Nacional situada perto da Rodoviária?

Chico - Diante da atual situação que foi pronunciada na imprensa por um dirigente, da possível venda de uma metragem do terreno que restou de propriedade do clube, vimos comunicar ao torcedor do NAC e aos desportistas de nossa cidade e região, que A.N.A.C. fará interpelação junto ao Ministério Público de nossa cidade. Há um processo de nº 043908078714-6, cujo autor é Ministério Público do Estado de Minas Gerais, tendo como réus o Nacional Atlético Clube, Rui Vale Matos e Messias Soares Vardiero. Existe neste processo uma cláusula, a de numero dezessete(17), que diz - "compromete-se o Nacional Atlético Clube a não alienar, nem comprometer-se a alienação, no todo ou em parte, do restante do terreno situado na Avenida Doutor Passos, aonde atualmente fica localizado o Estádio Soares de Azevedo, que não foi objeto de alienação aqui mencionada, até trinta dias após conclusão de todas ás obras de edificação e instalação do novo estádio localizado na BR 356, data em que deverá ser apresentado relatório final.

Gazeta - Porque esta posição da ANAC?

Chico - A nossa preocupação apenas não se baseia neste artigo e sabem os torcedores que o novo estádio terá que ter uma fonte de renda muito grande para gerir despesas de todo complexo, e aquele terreno será a salvação no futuro glorioso nacional, pois se vender um pedaço, outro amanhã, comprometerá todo o clube nos anos seguintes e nós estamos de passagem por esta terra, e nossos descendentes como pensarão de nossa atitude, pois alugando o espaço para uma grande empresa, o clube obterá, sem dúvida, uma arrecadação sustentável. Sendo assim, esta é a posição da ANAC, contrária á toda atitude relativa a este fato.

Gazeta - E o novo estádio?

Chico - Gostaria de dizer que não somos, nem seremos contra, para o término das obras. Situações e propostas temos para conversarmos e uma delas, por sinal, como a Igreja Nossa Senhora Aparecida, do bairro do Porto realizou um festival de prêmios e sorteou um carro com uma boa arrecadação. Sigamos esse exemplo de fé. Porque não fazemos o mesmo a favor do nosso glorioso N.A.C., e assim daremos um passo importante para o término das obras, sem essa de falar em vender a única solução para o futuro e manutenção do clube. Será um passo importante para o engrandecimento do nosso glorioso Nacional.

Fui convidado para compor a direção de obras do estádio e estou como suplente da Comissão de Obras, apesar de não estar atuante por causa de algumas divergências e mas dentro da A.N.A.C procuro um meio de unir todos num só ideal.

Gazeta - Fale de sua vida esportiva relativa ao Nacional?

Chico - Sou Diretor da Associação e durante 39 anos estive dentro do Nacional, isto é, desde 1.967, com meus 15 anos de idade e lá me tornei tornou diretor, conselheiro, e sempre ativo até 2006, quando houve a discordância entre os diretores e eu me retirei.

Gazeta - Como anda a administração da ANAC?

Chico - Tudo que falei pode ser constatado através de documentação existente com o Paulo Roberto Morais, que é corretor de imóvel, advogado e que prestou excelente trabalho ao Nacional. Existe até cópia deste processo que relatei anteriormente.

Gazeta - O que tem a acrescentar sobre a vinda do Zico a Muriaé?

Chico - Queria lembrar que o glorioso Nacional na década de 70, enfrentou o Júnior do Clube de Regatas do Flamengo em 1971, que havia sido campeão naquele ano. Nesta época o Antônio Fernandes era dirigente e mantenedor daquele time que por mais de 10 anos disputou o Campeonato Mineiro de Primeira Divisão, sem ser rebaixado e que naquela época tinha como presidente o Lúcio Alves de Castro

O grande atleta Zico esteve em nossa cidade e tinha 18 anos e estava em fase de treinamento para ganhar massa muscular e que brindou aos muriaeenses com um belo espetáculo numa tarde de domingo ensolarada. O Nac tinha como técnico o Argemiro Moreira, o Mirim, já falecido.

Gazeta - Deixe uma mensagem final.

Chico - Gostaria que o Nacional voltasse a ser o "leão da Zona da Mata" que proporcionou aos muriaeenses momentos felizes no esporte, quando participou do Campeonato Mineiro com grande sucesso. Naquela época ele foi sabiamente dirigido pelo eterno Antônio Fernandes, o Toninho Batigué.