06/03/2018 às 09h08m
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O mundo virtual abriga muitos sonhos. De todos os tamanhos e idades. A família Ribeiro guardava em sua casa, em Belo Horizonte, um belo exemplo de alguém que buscava o futuro ali na tela de um computador. Lucas tinha 13 anos e, como a maioria das crianças brasileiras, ama o futebol. Seu desejo sempre foi estar ali no campo, correndo atrás da bola e dos jogadores. Com o apito na boca. Foi vendo aquelas histórias demeninos e meninas que conseguiram a inclusão social com a ajuda da DBAF, que ele decidiu fazer parte, mesmo que à distância, do grupo de 150pessoas que estudam todo sábado de manhã, numa sala cedida pelo Colégio Parque, no bairro de Cabula. "Elas tem aulas teóricas e práticas sobre arbitragem, a aplicação das 17 regras, com lição de disciplina e cidadania", explica Rildo Góis, o criador da Divisão de Base de Árbitros de Futebol, uma instituição que vive da ajuda de alguns admiradores e colaboradores. Por morar longe, Lucas entrou em contato com Rildo por mensagem de celular. O adolescente demonstrou tamanho desejo de apitar jogos de futebol que contagiou o ex-árbitro do quadro baiano. Na troca de conversas, o professor exigiu uma conversa por telefone com os pais para conhecê-los e pedir a permissão para ensinar o filho deles. Os quase mil e quinhentos quilômetros que separam Belo Horizonte de Salvador, impedem o menino de receber aalimentação que a DBAF oferece aos alunos baianos. Eles também se divertem na piscinas em dias de lazer. "Nosso objetivo é a inclusão social. Já temos dez árbitros formados pela Federação Baiana, 15 jovens estão na faculdade", afirmou Rildo. |