DEU POLIANA BOTELHO EM SUA ESTRÉIA NO UFC EM LAS VEGA Poliana Botelho domina rival e estreia com vitória no UFC em Las Vegas
Lutadora de Muriaé aplica 109 golpes relevantes e ganha por decisão unânime
A mineira Poliana Botelho começou de forma muito positiva no peso
palha do Ultimate Fighting Championship. No card preliminar do UFC 216,
na noite deste sábado, na T-Mobile Arena, em Las Vegas, a lutadora
nascida em Muriaé, na Zona da Mata, derrotou a norte-americana Pearl
Gonzalez por decisão unânime – triplo 30 a 27 -, depois de três rounds.
Poliana,
de 28 anos, dominou a adversária e foi muito efetiva na trocação,
aplicando nada menos que 109 golpes significativos na adversária, que só
conectou quatro. A mineira mostrou ainda bom preparo físico, suportou
bem o ritmo e terminou a luta com a certeza da vitória, antes mesmo do
anúncio da pontuação dos juízes laterais.
Atleta
da academia Nova União, a mesma de José Aldo, comandada pelo
conceituado técnico André Pederneiras, Poliana Botelho assinou contrato
com o UFC em maio do ano passado, mas só conseguiu estrear 15 meses
depois, em função de seguidas lesões e problemas pessoais. Mas a espera
valeu a pena, já que ela correspondeu às expectativas com exibição
consistente no octógono.
Entrevista ao G1:
- O Dedé me disse: "O primeiro round você ganhou". No segundo round ele disse: "Você ganhou". Aí no terceiro round eu já sabia, porque quando olhei que faltavam dez segundos, eu falei: "Vou quedar!" Quedei e pensei: "Agora levei." Ainda consegui cortar a cabeça dela. Não foi como eu esperava, porque eu acho que se ela aceitasse mais a trocação comigo eu entraria mais no meu jogo e teria mais oportunidade de conseguir nocautear pra continuar o meu cartel. Mas infelizmente isso não teve como. Agora tenho uma adversária em mente: Paige VanZant. Pode vir, estarei preparada pra você. Ela foi pro pena? Não tem problema, eu vou atrás dela (risos) - disse a lutadora após o combate.
A pausa de dois anos sem lutar gerou tensão em Poliana Botelho. Para ela, a vitória era fundamental na luta de estreia.
- Eu estava tranquila e, ao mesmo tempo, meio tensa, porque eu queria muito essa vitória e dependia muito dessa vitória para mostrar tudo que eu venho treinando, porque foram dois anos parada sem lutar, mas dois anos na ativa. Mesmo com a mão direita quebrada, eu treinava com a mão esquerda, corria... fazia tudo que dava pra fazer. Então a tensão era mais por conta disso. Eu precisava muito dessa vitória.