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Três letras resumem o sonho de todo adepto, praticante, torcedor ou jogador de basquete: NBA. A liga profissional norte-americana é a menina dos olhos e o principal mercado mundial da categoria. Poucos estrangeiros conseguem realizar tal sonho. Atualmente, Leandrinho, Nenê, Tiago Splitter e Anderson Varejão são os brasileiros que gozam do prestígio de jogar ao lado dos principais atletas do planeta. Entretanto, ainda neste ano, uma nova estrela nacional pode integrar essa constelação. O pivô juiz-forano Fab Melo, que jogou a temporada pela Universidade de Syracuse, garantiu sua inscrição no Draft 2012 e figura em uma pré-lista divulgada pelos norte-americanos, ao lado de outros 65 atletas que surgem como possíveis reforços a serem escolhidos pelas 30 principais franquias estado-unidenses. A "loteria" acontece no dia 28 de junho em Nova Jersey.

"No draft, as 30 equipes têm direito de recrutar novos jogadores que se destacaram no cenário universitário e internacional. Ao todo são selecionados 60 atletas, em duas rodadas, mas apenas os 30 escolhidos na primeira rodada têm a garantia de um contrato de dois anos com uma equipe da NBA", explica Luiz André Guazzelli, colunista do site oficial da liga no Brasil. Apesar da concorrência acirrada, a bola de Fab Melo está cheia entre os especialistas no assunto, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Na simulação do conceituado site americano draftexpress.com, o juiz-forano, que teve seu primeiro contato com o esporte por aqui, no Projeto Basquetebol do Futuro (PBF/Olímpico), aparece como a 28ª opção, e teria como clube provável o Oklahoma City Thunder, da Conferência Oeste. Mas, para o gerente de comunicação da Liga Nacional de Basquete e colunista do site brasileiro da NBA, Guilherme Buso, ainda é cedo para especular sobre qual equipe poderá optar pelo pivô. "É impossível pensar em times. Antes do draft, os clubes costumam negociar a ordem de escolha e definir as posições que necessitam mais."


A possibilidade de Melo aparecer em uma equipe mais tradicional não é descartada por Guazzelli. "Como ele está sendo sondado para aparecer no final da primeira rodada, então, há uma grande chance de ele ser escolhido por algum time forte. As primeiras escolhas acabam sendo das equipes de pior classificação na atual temporada. Apesar de não ter participado da fase final do campeonato universitário, ele fez uma ótima temporada. Melhorou seus números, permaneceu muito tempo em quadra e foi destaque em uma das conferências mais fortes do circuito." Para Buso, a nacionalidade é outro fator que pode ser favorável ao juiz-forano. "Ser brasileiro pode ajudá-lo nessa etapa. Dos quatro atletas do país na NBA, três são pivôs. Nossos jogadores que atuam na posição são muito bem vistos pelos americanos. Isso pode fazer a diferença. Ele conta com essa influência para ser selecionado."

 
Futuro na Seleção Brasileira

Se integrar o seleto grupo de jogadores da NBA é um sonho cada vez mais próximo para Fab Melo, o futuro ainda pode reservar novas surpresas para o pivô juiz-forano. Para o atual gerente técnico da Liga Nacional de Basquete e ex-treinador da Seleção Brasileira, Lula Ferreira, o jogador apresenta potencial para defender as cores de seu país. "Em 2007, eu estava no comando da seleção principal e também supervisionava as categorias de base. Na época, tive contatos com ele em treinamentos do sub-17. Ele ainda não tinha um desempenho técnico muito desenvolvido, mas já apresentava um porte físico que mostrava um potencial muito grande. Essa participação em uma seleção de base ajuda a alavancar a carreira de qualquer jogador. Hoje, ele evoluiu muito técnica e fisicamente. Está com a carreira bem encaminhada e com possibilidades reais de vislumbrar um futuro com a camisa da seleção adulta."


Ricardo Stabolito Junior, editor do site "Jumper Brasil", reforça que a condição física pode ser a chave para Melo garantir um futuro de sucesso nas quadras norte-americanas e na seleção. "Muitos dizem que pode se ensinar o jogo a um atleta, mas é impossível alterar suas características físicas. O Fab Melo tem um biótipo muito favorável para sua posição, e a NBA está carente pivôs com um bom porte físico. É um cara que dá muitos tocos, uma âncora defensiva. A altura e o físico são seus diferenciais. Tecnicamente, precisa evoluir, o que é normal na idade dele. Fisicamente, porém, está pronto, com muita força e agilidade. Tem um potencial enorme para ser trabalhado."

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Fonte: Tribuna de Minas

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O Autor

Teodorico Torres foi o pioneiro esportivo na televisão de Muriaé na emissora do ex-deputado federal Sérgio Naia em programa realizado juntamente com o professor
Marcos Coutinho Loures. Por vários anos, promoveu campeonatos municipais e regionais, como o bem sucedido Torneio Divisão.
Sempre participou de jogos de futebol como atleta e redator esportivo.

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