Em 18/06/2018 às 10h46
"Um prédio que dê ênfase ao Plenário, fim e razão de ser de todo o conjunto". Essa é uma das principais diretrizes do memorial descritivo do projeto de construção do Palácio da Inconfidência, inaugurado em 1972 como sede definitiva da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), antes acolhida em instalações provisórias. De fato, é no Plenário que está o coração do Parlamento, onde pontos de vista distintos, polêmicas e discussões convergem para um entendimento acerca das principais questões que norteiam a vida em sociedade. No Estado Democrático de Direito, não há espaço para a imposição de vontades e a ausência do contraditório. Representantes eleitos pelo povo defendem interesses diversos, legítimos, e ora precisam avançar para convencer seus pares sobre a importância de suas propostas, ora ceder diante da vontade da maioria. Ou seja, fazer política, resumida e simbolizada pelo Plenário. No dia 15 de junho de 1978, para representar esse modelo democrático de Parlamento, como definiu o ex-deputado Genésio Bernardino, na ocasião vice-líder da bancada do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi atribuído ao Plenário da Assembleia o nome de Juscelino Kubitschek. Ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-governador do Estado e ex-presidente da República, JK foi um dos mais importantes políticos brasileiros. Deputado federal e senador cassado durante regimes de exceção, com uma visão inovadora e desenvolvimentista, mas ancorada nas tradições, se tornou também referência da política democrática mineira. "Sabia lutar por seus ideais com ânimo forte e imperturbável, sabia vencer com bravura e generosidade, assim como sabia perder sem desonra", o definiu o então senador Tancredo Neves na solenidade que marcou a homenagem da Assembleia de Minas a JK. No mesmo tom de reverência, Genésio Bernardino destaca no Projeto de Resolução (PRE) 674/76, por meio do qual propôs a medida, ser essa uma justa homenagem "a quem tanto amou a liberdade e a democracia, identificando-se com os ideais de seu povo e com o trabalho parlamentar, construindo obra imperecível". A proposição deu origem à Resolução 1.828, que efetivou a nova nomeação do Plenário. |
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