Quando de nossa passagem pela Prefeitura, lá pela década de 70 - mais precisamente de 1.973 a 1.976 - e nestes exíguos quatro anos, transformamos os vários Departamentos em SECRETARIAS: Secretaria Municipal de Educação e Cultura, cujo titular era o Professor José Soares; Secretaria de Obras e Saneamento, hoje DEMSUR, confiada ao competente engenheiro Dr. João Paulo Goulart de Freitas, que pelo arrojo e visão de futuro, construíra os primeiros "Arranha - Céus" de nossa cidade. Se não nos falha a memória, também lá foram instalados os primeiros elevadores, no edifício Lacyr Goulart. Dentre os seus admiradores (nos incluímos) declaram que a firma J. P. Engenharia e Construções Ltda. ensinou aos muriaeenses a "olharem para cima! ..." O Dr. João Paulo Goulart foi sucedido pelo Dr. Horácio Telêmaco Pompei. Criamos mais as seguintes Secretarias: Secretaria de Administração, entregue ao saudoso Dr. Lauro Américo de Faria; Secretaria de Saúde, entregue ao saudoso Dr. João Batista Ferreira; Secretaria de Fazenda, confiada ao Sr. José Rômulo Soares; Procurador Geral do Município, cargo confiado ao saudoso Dr Paulo de Oliveira Carvalho.
Na área de Defesa do Meio Ambiente, criamos os seguintes programas: Reflorestamento das encostas, Arborização das faixas das rodovias com árvores frutíferas e arborização de todas as ruas e praças, com a árvore conhecida como oiti, da família das "rosáceas", cujo nome científico é Moquiléa lomentosa. Dentre esses projetos, destacamos a preservação das nascentes, que denominamos lacrimais, o que nos rendeu envaidecedores comentários do poeta e escritor guaraniense de nascimento, mas muriaeense de coração, o professor e poeta Luiz Gonzaga da Silva. Estes programas foram, simplesmente, ignorados pelos nossos sucessores. Todavia, agora, no comando da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente, o Dr. Francisco Ofenni, que embora não tenha nascido em nossa cidade é, também com toda justiça e muita honra para todos nós, muriaeense de coração. Por isto, reacende-se a esperança de que a Defesa do Meio Ambiente receba a merecida atenção.
Retornando ao tema de reflorestamento das encostas, destacamos a criação do Parque Marliere, que ostentava uma placa com as seguintes legendas: "Parque Marliere. A denominação deste local é uma homenagem a Guido Thomaz Marleire, que desbravou esta região. Na mesma pedra onde existia tal placa, também colocamos outra, com uma legenda inspirada na filosofia oriental: - Se você planeja para um ano, plante arroz. Se planeja para dez anos, plante árvores. Se planeja para cem anos, eduque o Povo. E, se planeja para mil anos, CONSERVE A NATUREZA DO SEU PAÍS!. . . Porém, o que nos causa revolta, é o abandono a que fora relegado, criminosamente, o projeto de preservação das nascentes. Na margem da Avenida Castelo Branco, criamos um lago, em cujo contorno havia uma pista para caminhadas. Lá hoje existem as sedes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Florestal. Próximo a sede da Polícia Florestal, havia uma nascente que jorrava, perenemente, água potável. Na pedra colocamos uma placa com a seguinte legenda: "Fonte da Castanheira: a pureza, a prodigalidade e a paz da natureza". Esta fonte foi batizada com este nome porque lá existia uma árvore desta espécie. Melhor exemplo do abandono é a foto que ilustra esta coluna, feita pelo fotógrafo amador Gustavo Pacheco do Vale.