Na manhã desta sexta-feira (24), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu um homem, de 31 anos, ex-militar, diante de uma operação iniciada no Rio de Janeiro, onde deflagrou a Operação "Gás Tóxico". A ação ocorreu visando cumprir 24 mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão, seis mandados de verificação e um mandado de condução coercitiva.
A operação teve como objetivo desmontar uma quadrilha suspeita de, desde janeiro de 2017, mediante violência e grave ameaça, constranger os comerciantes e revendedores de botijões de gás do município de Japeri a efetuarem depósitos periódicos em contas correntes indicadas pelos investigados. Além de obterem vantagens patrimoniais ilícitas, a quadrilha impedia a livre concorrência na região, impondo taxas e ajustando preços, exercendo assim de forma "manu militari" o controle regionalizado do mercado de gás.
O grupo de extorsionários era formado por um ex-candidato a vereador do município de Japeri, um ex-policial militar, um assessor da Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de São João do Meriti, um pastor evangélico de Japeri, um cabo do Exercito Brasileiro e outro homem.
Investigações apontam que o investigado preso nessa ação intermediava e fornecia armas e munições para a quadrilha. Os valores ilícitos obtidos com a empreitada criminosa eram depositados na conta corrente de uma mulher e outras contas indicadas.
Os investigados foram indiciados como incursos nas penas do artigo 158, §1, na forma do artigo 71, ambos do Código Penal, do artigo 2º inciso VIII da Lei 1521/51 e no artigo 17, § único, da Lei 10826/03.
Após as formalidades, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional e está à disposição da Justiça.