Em 11/11/2017 às 22h10
O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela IDF em conjunto com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnósticos no mundo.
A data tornou-se oficial pela ONU (Organização das Nações Unidas) a partir de 2007, com a aprovação da Resolução das Nações Unidas 61/225. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.
Para esse ano, o tema escolhido para a campanha foi "Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável"
Diabetes é uma doença que atinge 16 milhões de brasileiros. Só na última década, o aumento foi de mais de 60%.
Apesar da ligação com o açúcar, a principal causa da diabetes é a obesidade. A doença pode ser assintomática e/ou apresentar alguns sinais, como muita sede, vontade de fazer xixi, visão embaçada, perda de peso repentino e fraqueza.
São basicamente dois os tipos de diabetes: 1 e 2. A tipo 1 é uma doença autoimune. Aparece geralmente na infância e adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. Esse tipo é tratado com reposição de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, que ajudam a controlar o nível de glicose no sangue.
Já a tipo 2 é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é principalmente causado pela obesidade.
Ela se manifesta mais em adultos, mas crianças também podem apresentar a doença. Dependendo da gravidade, pode ser controlada com atividade física e planejamento alimentar. Na maioria dos casos, é necessário o uso de medicamentos e/ou insulina nos casos mais complicados.
O Diabetes Gestacional é bem parecida com o tipo 2 e pode surgir em mulheres grávidas com mais de trinta anos, baixa estatura, obesas e predisposição genética.
A doença mal controlada pode comprometer órgãos alvos como os rins, as artérias, o sistema nervoso, a visão, o coração e outros.
O acompanhamento envolve também reeducação alimentar e atividade física e deve ser multidisciplinar com participação efetiva de médicos, farmacêuticos, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos, educadores físicos e outros.
Por: Fernando Amaral de Calais, farmacêutico especialista em Atenção Farmacêutica e Farmacoterapêutica. Fonte: Sociedade Brasileira do Diabetes