Em 11/08/2008 às 11h30
Frente às dificuldades diárias de educar os filhos, emerge a necessidade de ações mais rigorosas, voltadas para um planejamento que deve incluir todos aqueles que convivem com as crianças e adolescentes. Embora a educação infantil deva acontecer em casa, a união de forças é fundamental para o desenvolvimento do indivíduo, já que compete à escola a formação acadêmica, acrescida de alguns valores.
Pais, professores, pedagogos e diretores escolares concordam em um ponto: educar é um grande desafio, um desafio que caminha na estrada do bom senso, da humildade, da sinceridade, da amizade e, obviamente, da imposição de limites. Assim, é importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos.
Ciente da relevância da parceria entre família e escola, a Gazeta de Muriaé, em homenagem ao Dia dos Pais, conversou com responsáveis e docentes de instituições conceituadas de nosso município, abrindo um espaço exclusivo para que eles possam responder à pergunta: Que conselho você daria aos pais para melhorar a educação dos filhos? Confira as respostas:
MARIA JOSÉ RAMOS BERNARDES ROSA, PSICOLOGA ESCOLAR
COLÉGIO SANTA MARCELINA
Há três palavras que devem ser lembradas quando a questão consiste em ajudar a criança e o adolescente a construir novos conhecimentos: paciência, compreensão e perseverança. Só os pais competentes sabem que os bons resultados não se obtêm em poucos dias, e que perseverar e compreender, mesmo diante de um fracasso momentâneo, são atitudes que redundam em grandes compreensões.
Da mesma forma, os pais devem procurar entender o significado da palavra “ajuda”. “Ajudar” quer dizer cooperar ou auxiliar, no lugar de “super proteger” ou de “fazer”. O amor e a compreensão recebidos dos pais são a origem da segurança e do gosto pela vida que as crianças e os jovens experimentarão no futuro.
RACHEL SILVA MATOS LATINI, DIRETORA DO CENTRO CENECISTA EDUCACIONAL DE MURIAÉ
Não existe modelo ou receita pronta na criação dos filhos. Acredito que o papel da família e da escola, enquanto educadoras e formadoras de cidadãos conscientes de sua responsabilidade social, deve estar pautado essencialmente na formação de valores éticos, morais e sociais, tendo o AMOR como alicerce de todas as relações.
MÁRCIA MURTA, SETOR PEDAGÓGICO
DA ESCOLA SÃO PAULO
Não diria um conselho... Porém, falar da presença paterna na educação dos filhos é algo que transcende a qualquer tipo de argumentação. Essa presença marcante é imprescindível na formação da personalidade dos filhos, bem como do seu caráter, da sua afetividade, da sua capacidade de diálogo, da coragem de decidir entre o sim e o não.
A falta da presença paterna deixa lacunas. Não se trata apenas de uma presença física, mas de pai carinhoso, que gera clima de segurança, de amor, de equilíbrio, de confiança e de felicidade nos filhos, no lar, na escola e na vida...
O pai precisa ser um espelho de virtudes, onde os filhos possam se espelhar com admiração e orgulho.
Este é o momento de reflexão e de repensar o papel do PAI na educação dos filhos, pois a arte de educar é um exercício de conquistas, bem-querer, solidariedade, ética, partilha e, sobretudo, parceria: Família – Escola.