Tradição arquitetônica e cultural da cidade, o prédio do Paço Municipal foi construído no ano de 1860, quando a então São Paulo de Muriahe conquistou sua independência político-administrativa. Prevista para abrigar a Casa da Câmara, a Cadeia e o Fórum, a estrutura sofreu, ao longo de sua trajetória, algumas intervenções resultantes da necessidade de adaptar-se ao crescimento do município.
  Com o tempo, o largo no qual o prédio foi erguido, transformou-se na hoje bela e frondosa Praça Cel. Pacheco de Medeiros, onde também está instalada a Câmara Municipal, construída entre 1868 e 1869, durante o governo do ex-prefeito João Braz. A imponência do Paço Municipal serve de fundo para o compromisso do Poder Público de manter-se à frente de uma cidade que não pára de desenvolver-se e de proporcionar novas oportunidades aos seus cidadãos e aqueles que aqui escolheram viver.
  Manter esse monumento histórico e cultural, no coração de Muriaé, é o principal objetivo da atual administração ao empenhar-se na reforma do Paço Municipal. Preocupação comprovada com as obras que vêm sendo realizadas no também tradicional Grand Hotel e com as ações de restauro a serem executadas na Biblioteca Municipal, no Teatro Gregório de Matos e na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social – que irá transformar-se em Centro Coreográfico e Teatro Municipal.
  Na noite de segunda-feira, 30 de junho, mais um projeto voltado para a preservação de nossa história foi concretizado, com a inauguração das obras de reforma do Paço Municipal, ocasião em que população e autoridades reuniram-se na Praça Cel. Pacheco de Medeiros, com presença do vice-governador de Minas Gerais, Antônio Augusto Anastásia.
  O projeto de reforma do prédio da Prefeitura incluiu diversas restaurações e agora, depois de resgatado seu aspecto original, abrigará o gabinete do prefeito e o Arquivo Histórico Municipal, estando aberto para receber os cidadãos muriaeenses nos momentos de solenidades da cidade e para pesquisas junto as documentações. A restauração é um projeto da Prefeitura de Muriaé, através da Fundarte, aprovado pelo Ministério da Cultura, pela Lei Rouanet, com patrocínio da Eletrobrás e do Grupo Líder, além do apoio da Energisa e da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho.
  Para o vice-governador de Minas, o Paço Municipal de Muriaé simboliza a inteligência, a cultura e o conhecimento da cidade. “Cumprimento a população de Muriaé pela aquisição desse prédio restaurado e de sua história. O novo Arquivo Municipal permitirá o acesso dos historiadores e pesquisadores, reafirmando a posição histórica e política deste município, que vive um ciclo virtuoso de crescimento, não só como pólo irradiador da riqueza econômica da Zona da Mata, mas também como importante cidade de manifestação cultural de toda Minas Gerais”, completou.
  Após os pronunciamentos das autoridades e agradecimentos do prefeito José Braz a todos que se dedicaram ao projeto, teve início o “Baile da Cidade”, com a Orquestra de Jazz do Pró-Música de Juiz de Fora.