Gazeta de Muriaé
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Em 13/01/2017 às 17h26

Fazenda Santa Edwiges é parceira das Fazendas do BASA


        Quando iniciou na atividade rural em 2001, numa pequena propriedade nos arredores de Leopoldina, Salvador Coutinho Rodrigues - Dodô, jamais imaginou que chegaria a produzir os animais, que hoje são produzidos na Fazenda Santa Edwiges.
        Depois de uma interrupção de cerca de três anos na atividade, percebeu que teria  de se preparar para modernizar todo o processo produtivo, da tecnologia à mão de obra, além de adquirir uma propriedade maior e melhor para execução do projeto Salvaterra. Quando retornou na atividade em 2015, o que mais preocupava Salvador - Dodô era não estar na ponta tecnológica do setor leiteiro, com pelo menos uma escala de produção intermediária. Sua atitude inicial foi adquirir a Fazenda Santa Edwiges, localizada entre os municípios de Leopoldina e Argirita, em região de média fertilidade natural, de solos mais firmes e montanhosos, sendo na maioria de suas pastagens, formadas de braquiária.
        Ao adquirir a Fazenda Santa Edwiges, um projeto arrojado também foi colocado em prática, cujo resultados foram contabilizados, com o aumento na produtividade da fazenda. Num bate papo com o parceiro Salvador Dodô, o mesmo nos revela, que além de produzir animais bons de leite, a Fazenda Santa Edwiges vive novos ares e perspectivas na criação e produção do Girolando Salvaterra com a genética do BASA.
        "É uma nova fase para o nosso plantel, que vem produzindo animais superiores com capacidade produtiva acima dos 25 kg de leite", destaca Salvador. Com mais espaço ele pode avançar com seu projeto. 
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 Abaixo uma entrevista com mais detalhes, sobre a interferência produtiva da genética superior do BASA, no dia a dia do pequeno e médio produtor rural.
 
-Porque a escolha desta raça, a parceria com a Rede de Gado Bom das Fazendas do Basa e desde quando?
A parceria iniciou quando vi o primeiro leilão das fazendas do BASA, quando adquiri a primeira novilha. A paixão pela raça aumentou com a visita na vista alta, quando vi um lote enorme de bezerras 1/2 sangue, padronizado e uma genética fantástica na porta de casa, não pensei duas vezes.
 
-Quantos animais essa parceria já produziu, e a  média de produtividade de animais com base genética BASA?
Muitos, com os embriões que estou implantando no meu próprio gado de leite, trabalho de formiguinha, mas que está me dando muito alegria, principalmente quando nascem as bezerras. As novilhas que já pariram na propriedade  ultrapassam 25 kg, isso é muito para o meu manejo, pois ainda não tenho comida de qualidade e em quantidade.;
 
-O que se destaca no trabalho realizado pelas Fazendas do Basa, com base somente nas doadoras Gir Leiteiro com lactações reais expressivas, aferidas oficialmente e de famílias muito consistentes?
O que se destaca é a genética do país inteiro, estar dentro das fazendas do BASA, aqui na nossa porta. Hoje, adquirir um animal ou embrião BASA representa dar um salto no tempo de pelo menos 30 anos em genética. A confiança vem na evidência demonstrada nas lactações, e em ver uma bezerra nascida dos embriões, enche os olhos de qualquer um.
 
-É possível fazer uma comparação de antes e depois da produção de animais com a genética do Basa?
Bem, antes de conhecer a genética BASA, eu ficava lutando em descobrir o touro "salvador da pátria", pois não me importava com a lactação das mães. Depois que ouvi o Evandro Guimarães falando sobre as mães é que passei a observar, e hoje mudei minha forma de avaliar a genética. Então não tenho como comparar, foi um divisor de águas na minha cabeça e principalmente na atividade.
 
-Trabalhar com a genética do BASA foi pra você um ganho de eficiência na atividade leiteira?
Trabalhar com a genética BASA, como já falei acima é dar um salto enorme no tempo de pelo menos 30 anos. Sem os pilares da produção que são: genética, comida em quantidade e qualidade, manejo adequado e mão de obra comprometida, não se tira leite;
 
-Na sua opinião, o melhoramento genético é nos dias de hoje, uma ferramenta viável para aumentar a rentabilidade do negócio?
Sem melhoramento genético, que é um dos pilares, a produção fica capenga, comprometendo todos os outros setores da atividade.
 
-Como leopoldinense  e um dos primeiros parceiros do Programa Rede Gado Bom do BASA, o que  tem a dizer para outros conterrâneos, sobre este trabalho desenvolvido pelo BASA?
Vejo que a oportunidade que as Fazendas do Basa está dando para todos nós é impar. Então penso que mesmo sendo pequeno como eu, podemos adquirir essa genética, ela está disponível na nossa casa e facilitada. Acho que em qualquer atividade, mesmo sendo pequeno, tem que pensar grande. E o recado que dou a todos, pequenos como eu, não percam tempo em criar algo mais ou menos, pois o tempo é implacável, não tem como pará-lo, então dê o salto no tempo, crie genética e não animais...;
 
-E quanto ao mercado, como você analisa o comportamento da economia em relação  a cadeia produtiva do leite?
O mercado do leite sempre foi e sempre será duro para o produtor, pois é um alimento básico e infelizmente, não existe uma política séria sobre a questão. Então é melhor criar um animal com genética comprovada, pois te dá prazer e produtividade, assim, pelo menos, você não gasta com remédio para equilibrar a sua pressão, o prazer em ver um animal produtivo é diferente, equilibra qualquer pressão. Senta e veja uma vaca encher um balde e repetir...
 
-É possível melhorar as políticas públicas de incentivo ao produtor rural?  
Claro que é possível, temos que nos unir e fazer as coisas acontecerem. A nossa Cooperativa dos Produtores de Leite de Leopoldina (Lac), precisa ser administrada para os produtores, intercedendo por nós junto aos órgãos públicos, bem é assunto muito longo...


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