Gazeta de Muriaé
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Em 12/02/2016 às 22h41

Caso Mônica Vidon: família da vítima espera condenação do réu

O julgamento pelo assassinato de Mônica Vidon Alvarenga tem data marcada para o dia 18 de fevereiro, no Salão de Júri do Fórum da Comarca de Muriaé. Às 9 da manhã o delegado regional aposentado, Wagner Schubert de Castro sobe ao banco dos réus, onde é apontado como mandante pelo crime de homicídio.

O assassinato aconteceu na noite de 19 de novembro de 2008, próximo à residência da vítima, na Travessa Janir Carlos, perto da entrada do Bairro Bico Doce, em Muriaé. Mônica foi surpreendida por dois indivíduos em uma moto, que efetuaram disparos por arma de calibre 22, fugindo em seguida do local. Foi socorrida, sendo levada às pressas ao Hospital São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu durante a madrugada.

O ex-delegado Wagner Schubert teve prisão preventiva decretada quatro anos depois, em 20 de abril de 2012, sendo conduzido para prisão em Belo Horizonte, onde ainda aguarda o julgamento. De acordo com as investigações que constam no Inquérito Policial cujo Relatório de Representação foi assinado pelos delegados, Luiz Carlos dos Santos, Rangel Martino, Márcio Roberto Savino e Pedro Gonçalves Pereira, que levou ao indiciamento, chegaram os policiais à seguinte conclusão:

a) WAGNER SCHUBERT DE CASTRO foi de fato o mandante do crime, por motivação no mínimo bizzarra...; 

b) JOSÉ JUVENAL, vulgo "Calango", sob determinação de Wagner, foi o responsável por contratar os assassinos, mediante recebimento de vantagem pecuniária...;

c) MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA MENDES, vulgo "Cidinha", empregada de Mônica, se aliou a Wagner, traindo Mônica e cedendo sua casa para simular o fajuto churrasco, que construiria o álibi do mandante...;

d) ANTÔNIO RODRIGUES DE OLIVEIRA JÚNIOR, vulgo "Juninho do 14" foi o homem contratado por "Calango", para assassinar MÔNICA VIDON ALVARENGA a pedido de WAGNER SCHUBERT DE CASTRO.

e) JANDIR PIMENTEL MOCO foi quem alugou a moto Honda CG Titan, utilizada pelos assassinos no dia do crime. JANDIR tinha ciência do empreendimento delituoso e também recebeu dinheiro de "Calango"...;

f) RONALDO JOSÉ DE OLIVEIRA MENDES, vulgo "Lambada", irmão de "Cidinha", foi o condutor da motocicleta que levou o executor "Juninho do 14" até o local do crime. 

Antônio Rodrigues, o Juninho foi morto a tiros na porta de sua residência, em 27 de março de 2013; e Jandir Pimentel foi morto dentro de um carro, no dia 7 de agosto de 2015, ambos no bairro Aeroporto. 

A família de Mônica Vidon Alvarenga espera que a sociedade de Muriaé e região compareça ao julgamento, com acesso livre ao Plenário do Tribunal do Júri. José Geraldo Alvarenga Júnior, advogado assistente do Ministério Público na acusação, acredita na condenação do réu Wagner Schubert de Castro à pena máxima, tendo em vista todas as provas produzidas durante a instrução processual. "Quero destacar o excelente trabalho realizado pela Policia Civil do Estado de Minas Gerais (4ª DRPC/Muriaé-MG), cujo inquérito foi conduzido com coragem, empenho e imparcialidade, esclarecendo por completo o crime. Há que se destacar a atuação do Ministério Público de Minas Gerais, de todos os Promotores de Justiça, que não mediram esforços para manter o réu preso face a iminente possibilidade de fuga, e que o mesmo fosse julgado pelo Tribunal do Juri pelo homicídio duplamente qualificado.  O dinheiro e o poder não comprarão a liberdade," disse o advogado.

Segundo informações recentes, os acusados, José Ronaldo de Oliveira Mendes, o "Lambada" e Maria Aparecida de Oliveira Mendes, a "Cidinha" foram excluídos do processo a pedido do Ministério Público.

Mônica Vidon Alvarenga era servidora pública estadual, professora, pedagoga, com pós-graduação em Ensino Especial, mestranda em Pedagogia, trabalhava no sistema educacional desde os 18 anos e recebeu vários prêmios e homenagens pelo brilhante trabalho realizado na APAE de Muriaé. Uma mãe exemplar, que deixou três filhas.

A mãe da vítima, Marly Vidon Alvarenga, professora aposentada, confia plenamente no trabalho da justiça, e está certa de que o réu será condenado pelo bárbaro crime que cometeu. "Espero que outras mães não passem pelo que passei e venho passando, todo sofrimento e dor por esta perda irreparável. Não queremos piedade, queremos justiça. A minha família foi destruída. Acredito na força de Deus e na justiça dos homens e tenho certeza que a Lei prevalecerá, mantendo o responsável pelo crime onde ele merece estar, na cadeia", desabafa a mãe.

Até o presente momento não recebemos nenhum pronunciamento por parte dos Advogados de defesa do réu.
A Gazeta de Muriaé em sua imparcialidade deixa aberta a possibilidade de manifestação de todos os lados envolvidos.


Atualizado 15/02

Fonte: Fabiano M. Júnior



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