Em 15/02/2008 às 09h01
A pesquisa sobre a redução da mortalidade infantil no Brasil, divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta semana, mostrou que a atenção especial do Governo de Minas para combater a mortalidade infantil vem tendo bons resultados nos últimos anos. A queda de registros ocorreu principalmente em óbitos neonatais precoces (de zero a sete dias), fase mais sensível às políticas públicas voltadas para a saúde. De acordo com pesquisa, Minas apresentou uma redução de 21,8% para 21,1% entre 2005 e 2006.
O consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Secretaria de Estado da Saúde (SES), Eugênio Vilaça, explica que o “Governo de Minas trabalha com um índice mais positivo que é de 15,4% de mortes por mil nascidos segundo dados de 2006 que estão sendo consolidados pela secretaria”, informa o consultor.
Vilaça destaca o esforço do Governo de Minas para combater o problema por meio do desenvolvimento de programas como o Viva Vida, criado para reduzir a mortalidade infantil e materna no Estado. O programa concentra suas atividades na atenção ao planejamento familiar, ao pré-natal, ao parto e à criança de 0 a 1 ano de idade.
Além disso, ele enfatiza as intervenções feitas pela secretaria nos serviços de saúde, especialmente no atendimento pré-natal. “Atualmente, 95% das gestantes fazem mais de quatro consultas de pré-natal. De 2003 a 2006, esse índice que era de 45% passou para 65% com mais de sete consultas, o que é muito significativo”, explica. A meta do Governo de Minas é que, em 2010, 80% das gestantes façam mais de sete consultas de pré-natal.
Outras ações, como incentivo ao aleitamento materno, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança por agentes de saúde, triagem neonatal, vacinação e controle de doenças prevalentes na infância também são consideradas fundamentais para redução da mortalidade. O Viva Vida vem sendo implementado de acordo com o princípio da eqüidade do SUS, o que significa priorizar relativamente as microrregiões com maiores taxas de mortalidade infantil e materna.
O incremento às equipes do programa Saúde da Família (PSF), que conta hoje com 3.500 equipes no Estado, é outro importante fator para melhoria do índice em Minas Gerais.
Para o especialista, a preocupação do Governo de Minas em zerar o déficit de UTI neonatal foi outro fator que contribuiu sensivelmente para a redução do número de óbitos neonatais precoces, já que essa era a fase crítica de óbitos infantis no Estado, representando 50% dos casos. O déficit era de 250 leitos em 2003.