Cinco suspeitos de envolvimento do assassinato do radialista Luiz Manoel de Souza, de 48 anos, ocorrido no dia 7 de dezembro deste ano, em Ubá, na Zona da Mata, foram presos pela Polícia Civil. Um adolescente de 17 anos, que também participou do crime, deverá ser apreendido nas próximas horas. A vítima foi morta com diversos tiros, no distrito de Córrego dos Braguinhas, após sofrer perseguição de dois carros pelas ruas da cidade. Os autores teriam cometido o crime por vingança, por atribuírem a ele a morte de Fausto Teixeira da Silva Júnior, de 23 anos, assassinato dois dias antes, no município de São Geraldo, também na Zona da Mata.
De acordo com o delegado de Investigação de Homicídios de Ubá, Rafael Gomes, três dos presos confessaram que já durante o enterro de Fausto teriam começado a planejar a execução do radialista. Os levantamentos revelaram que Luiz Manoel e Fausto tinham um relacionamento homoafetivo e que teriam se desentendido nos dias que antecederam a morte do rapaz. Quando foi visto com vida pela última vez, Fausto dizia que tinha sido chamado para um encontro com o radialista e que receberia dele, na ocasião, uma moto e uma quantia em dinheiro.
Sangue
O corpo de Fausto foi encontrado caído, só de cuecas, com quatro tiros disparados à queima roupa (um na cabeça, um no ouvido, um no braço e um nas costas), na localidade denominada Sítio Ribeirão Vermelho, no mesmo dia. Uma mancha de sangue, localizada pela Polícia Civil no carro do radialista, está sendo submetida a análise, para verificar se o DNA é compatível com o de Fausto.
Já a execução do radialista contou com a participação de um amigo em comum entre dos dois, que marcou um encontro com Luiz Manoel alegando que entregaria a ele alguns objetos pessoais de Fausto. Coube a Antônio Carlos de Oliveira Vieira, de 19 anos, atrair o radialista para a morte. Ele confessou o crime, o mesmo ocorrendo com Weverton Ribeiro Marciano, de 23 anos, e Rafael Vieira Conde, de 27. Já Saulo Fernandes Rodrigues Cauneto, de 22 anos, e Sávio Mariano Coimbra, de 18, preferiram não se pronunciar sobre o caso. Os cinco tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça e permanecem no Presídio de Ubá.