Depois de 21 dias, chega ao fim a greve dos bancários em 24 estados e no Distrito Federal. Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país chegaram a fechar as portas para o público.

Em Muriaé, uma reunião, na manhã desta terça-feira (27), decretou o fim da greve e a volta aos trabalhos em todos os estabelecimentos bancários da região, que pertence ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Muriaé e Região.

Uma assembléia nacional, realizada na segunda-feira (26), em São Paulo, entre os Sindicato dos Bancários e a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), pôs fim a greve depois de 21 dias. Os bancários aceitaram a proposta e decidiram pelo fim da paralisação. De acordo com o sindicato, os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.

Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários: "A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados", informou o presidente do sindicato em Muriaé, Adilson Ribeiro.

Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).