A restauração do Paço Municipal, que terá início em janeiro de 2008, foi o tema de uma reunião realizada, no dia 30 de novembro, sexta-feira, na Prefeitura de Muriaé, com presença do prefeito José Braz, da superintendente da Fundarte, Gilca Napier, do engenheiro responsável pela obra, Francisco Rolla, e da arquiteta Márcia Bizzo.

  Avaliado em R$ 320 mil, o projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, e contará com o financiamento de R$ 100 mil da Eletrobrás - para o restauro das fachadas -, e de R$ 140 mil do Grupo Líder para a reforma interna. Na ocasião, Gilca Napier contou que ainda será necessário buscar uma captação de mais R$ 80 mil junto a outras empresas.  “Nós convidamos os empresários de Muriaé e de outras cidades para entrarem nessa grande parceria de incentivo à cultura e desenvolvimento de nossa cidade”, frisou.

  A iniciativa de reformar o Paço Municipal e de reciclar sua parte interna tem um motivo especial: em 2008, o prédio comemora 100 anos de construção. “Com essas ações, a Prefeitura vem cumprir seu objetivo principal de manter e preservar a nossa história. Quando o prédio estiver pronto, irão funcionar aqui a sede do Arquivo Histórico Municipal, do Arquivo Forense e o público. A construção do Centro Municipal vai permitir que o Paço fique a serviço da cultura de nossa cidade”, destacou o prefeito José Braz.

  Também continuará em funcionamento no Paço o gabinete do prefeito e será construído um para o vice-prefeito. “É importante que a sede da Prefeitura se mantenha aqui nesse prédio histórico, pois será o local em que iremos recepcionar autoridades e oficiais que nos visitarem. Outra importância é a de permanecer ao lado da Câmara Municipal, para que os vereadores tenham acesso aos documentos. Em breve, iremos iniciar, ainda, as obras do Teatro Municipal de Muriaé e do Centro Coreográfico Maestro Sansão, ambas no prédio da Secretaria de Desenvolvimento Social, que será transferida para o Centro Administrativo”, completou o prefeito.

  Serão mantidos, ainda, o hall de entrada, o Salão Nobre e os jardins internos. De acordo com a arquiteta Márcia Bizzo, o restauro teve início pelas prospecções estratigráficas realizadas pelo IEFA, cujos técnicos estão detectando a cor original do imóvel – na fachada, ornatos e esquadrias. “O pano de fundo é o rosa claro e as esquadrias tinham tom de vinho escuro. A pintura será feita de acordo com a tinta usada na época, à base de cal, porque a construção data de antes da industrialização do cimento no Brasil”, revelou a arquiteta.

  Entre outras ações, serão realizados o engradamento do telhado, reforma do forro do Salão Nobre, do Gabinete, da recepção e dos pisos, além da instalação de novos banheiros. Após a conclusão da primeira etapa do restauro, a Administração 2005-2008 pretende construir um bistrô no Paço Municipal, na parte baixa do prédio, para atender aos eventos realizados no Salão Nobre. “Acredito que isso tudo será muito importante para o Pólo Cultural da Praça Coronel Pacheco de Medeiros, que inclui a Biblioteca Municipal, o futuro Teatro Municipal e irá complementar esse núcleo Municipal que nós estamos querendo criar”, adicionou Márcia Bizzo.