O desemprego aumentou e deve aumentar ainda mais. Foi o que mostrou a nova Pesquisa por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O nível de desocupação no período de três meses atingiu 7,4%. É um número mais alto do que os 6,8% apresentados no mesmo período do ano passado e do que os 6,5% do trimestre terminado em novembro.
Em Muriaé, a situação não foi diferente, nos quatro primeiros meses do ano (Janeiro, fevereiro, março e abril), apresentou um dado preocupante para a cidade. Pela primeira vez em oito anos, o número de demissões ultrapassou o de contratações no período, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).Os números mostram apenas as contratações e demissões formais, ou seja, aquelas que constam na Carteira de Trabalho e são registradas pelo MTE. Entre janeiro e abril, foi 2820 contratações e 2860 demissões na cidade, o que resulta na perda de 40 vagas de emprego.
A função que mais teve admissões no período foi a de Servente de Obras. Foram criadas 266 novas vagas, mas em compensação, houve 239 desligamentos, resultando num saldo positivo de 27 postos de trabalho. Já a função de Vendedor de Comércio Varejista teve o pior índice. Foram 186 contratações e 280 demissões, o que culminou na diminuição de 94 postos de trabalho.
O setor de confecções, um dos que mais emprega na cidade, também foi um dos que mais contribuiu para a diminuição de postos de trabalho. Na função de costureiro (a), houve 73 contratações e 115 demissões, ou seja, saldo negativo de 42 vagas.
Desde o fim do ano passado, vários setores estão demitindo fortemente, além das empresas vinculadas à Petrobras, o setor automotivo, a construção civil, os serviços, as mineradoras e as metalúrgicas também estão em maus lençóis por conta da fraca atividade econômica do país. Em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou estagnado, com avanço de apenas 0,1%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
