A falta de manutenção em motocicletas foi responsável por 46,4 mil acidentes no ano passado, 8% do total de ocorrências registradas. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) avalia que dos problemas relacionados à manutenção, 11% são pneus e 7%, freios.
Em pesquisa realizada pela Bosch, 86% dos motociclistas dizem que se preocupam com a eficiência do freio em situações de emergência e outros 91% já precisaram acioná-lo em situações de risco. Entre os motivos estão ruas esburacadas (60%), travessia de pedestres (57%) e a entrada de veículos inesperadamente (53%).
Veículos equipados com sistema ABS oferecem mais segurança nas frenagens. Ele impede o travamento da roda, o que pode provocar quedas. O piloto pode aplicar força total na frenagem sem se preocupar com os efeitos.
ABS de série
Motocicletas fabricadas a partir de 2016 deverão vir com freio ABS de série ou sistema de frenagem combinada de rodas. É o que determina a Resolucao 509/2014, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a exemplo da obrigatoriedade, a partir deste ano, do item em automóveis fabricados no país.
A exigência quanto ao cumprimento da norma, no entanto, será gradativa. Em 2016 deverão ter o sistema 10% da produção nacional. Em 2017, 30%; 2018, 60% e, a partir de 2018, todas motocicletas fabricadas. Para comprovar o cumprimento do cronograma, as montadoras deverão encaminhar relatórios semestrais ao Denatran.
A proposta do Contran é modernizar os requisitos de segurança para os veículos de duas rodas. O ABS e o CBS permitem ao condutor melhor controle da motocicleta nas frenagens. O freio ABS será obrigatório para motos a partir de 300 cilindradas. Estão fora da lista do órgão veículos militares, de uso exclusivo em áreas urbanas e elétricos de baixa cilindrada.
O freio ABS é tem uma unidade de comando eletrônico e sensores de velocidade das rodas, que evita o travamento das rodas durante a frenagem. Já o CBS distribui proporcionalmente a força de frenagem para as rodas, garantindo a desaceleração rápida e segura.
Muriaé
O aumento nas vendas de motos na cidade também tem contribuído para as crescentes ocorrências envolvendo acidentes com as mesmas. De acordo com o Corpo de Bombeiros número de acidentes cresceu quase 45% de janeiro a dezembro de 2014, em relação a todo o ano passado.
O fato das motos serem pequenas, práticas e custam bem menos que um carro. Não é difícil entender porque há cada vez mais motos circulando pelas ruas. São em média dez mil enfrentando o trânsito todos os dias. Os estacionamentos reservados a elas estão sempre cheios. Um meio de transporte que caiu no gosto da população.
O mecânico de motos Thiago disse que: "o motociclista deve fazer revisão periódica em sua moto e sempre verificar pneus, ajuste da corrente, freios, no amortecedor dianteiro verificar se não há vazamento de óleo, no amortecedor trazeiro verificar a regulagem de acordo com o peso que a moto suporta". Disse também que não se pode esquecer de sinalizar a moto, suas ações enquanto pilota e usar equipamentos como colete refletor capacete e luvas, dentre outros.
