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Em 30/03/2015 às 18h22

Medicamentos ficam mais caros a partir do dia 31 de março

Medicamentos estarão mais caros a partir do dia 31 de março

Reajustes médios variam entre 5,40% e 5,90%, segundo o Sindusfarma

O consumidor pode se preparar para mais um reajuste. Segundo cálculos do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), os medicamentos com preço controlado devem ter um reajuste médio entre 5,40% e 5,90%, A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) fixou em até 7,7% o ajuste máximo permitido este ano aos fabricantes na definição do preço dos medicamentos a partir do dia 31 de março. 

A compra de remédios é o maior gasto de saúde do brasileiro, de acordo com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 50% dos consumidores abandonam o tratamento por falta de recursos financeiros. 

Os percentuais oficiais de reajuste máximo permitido devem ser divulgados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) no dia 31 de março. A previsão, no entanto, é que haja pouca variação em relação aos cálculos da indústria.

A estimativa desde ano foi feita com base nos índices que, junto com a inflação, compõem o novo cálculo adotado pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos medicamentos. Os índices, que se baseiam em fatores como produtividade e custos dos insumos, foram divulgados no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (26).

Em geral, o reajuste é dividido em três faixas, com base na concentração do mercado. Assim, medicamentos mais simples e produzidos por mais empresas costumam ter permissão de reajuste maior --uma vez que a indústria costuma baixar os preços para manter a concorrência. Entram nessa lista, por exemplo, medicamentos como omeprazol, usado para tratamento de gastrite, e amoxicilina, antibiótico usado para tratar infecções urinárias e respiratórias.

Na outra ponta, remédios fabricados por menos empresas, os quais as indústrias teriam facilidade para aumentar os preços, têm menor índice de reajuste permitido.

Mais de 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não chega imediatamente às farmácias. A previsão é que as primeiras variações de preço ocorram entre junho e julho, com a reposição dos estoques.

Indústria e varejo também podem praticar um reajuste menor do que permitido, principalmente em casos de produtos de grande concorrência.

Para Nelson Mussolini, do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), embora seja maior do que no ano passado, o novo reajuste não repõe os custos de produção do setor. Ele teme impactos como redução de mão de obra e investimentos em novas pesquisas para desenvolvimento de remédios.

"Para o consumidor também é ruim porque os descontos nas farmácias vão diminuir. E a indústria deixa de investir em inovação", afirma.

Fonte: Sindusfarma e O Tempo



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