Gazeta de Muriaé
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Em 02/03/2015 às 13h47

Contas de luz ficam mais caras

As contas de luz no Brasil estão mais caras, em média, 23,4% a partir desta segunda-feira (02), quando começou a vigorar a revisão extraordinária aprovada, na última sexta-feira (27/02), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a alta vai ser de 28,7%, na média, 4,5 vezes maior que a aplicada para aqueles que vivem em estados do Norte e Nordeste, que será de 5,5%, também na média.A Energisa, que presta serviços para Muriaé e outras cidades próximas, está entre as quase 60 distribuidoras que pediram a revisão, alegando dificuldade com o período de estiagem. Por aqui o aumento será em torno de 26,9%, mas ainda não se sabe se será o mesmo para residências, indústria e comércio.Entre as maiores distribuidoras, os aumentos mais altos serão da Copel (36,4%), que atende a clientes no Paraná; da Eletropaulo (31,9%), que atua em São Paulo; e da Cemig (28,8%), que atende a consumidores de Minas Gerais. Clientes de quatro distribuidoras não serão atingidos pelo reajuste extra das contas de luz. Os da CEA, do Amapá, porque a empresa não pediu à Aneel a revisão extraordinária; os da Amazonas Energia (AM), Boa Vista e CERR (RR), porque vivem em regiões que não são atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) – rede de linhas de transmissão que liga o país, e por isso não participam do rateio de contas do setor.

Aumento extra

As revisões extraordinárias são um aumento extra nas contas de luz, aplicado quando há risco de desequilíbrio nas contas das distribuidoras. Portanto, os consumidores podem esperar por nova alta em suas tarifas ao longo de 2015, pois a Aneel ainda vai autorizar o reajuste ordinário, aquele que já ocorre uma vez por ano.
A revisão extraordinária vai permitir que as distribuidoras arrecadem, de imediato, recursos para cobrir custos com a compra de energia de Itaipu, novos contratos de suprimento de eletricidade firmados em leilões recentes, além de ações do governo financiadas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Pela regra, as distribuidoras deveriam bancar essas contas para, depois, serem ressarcidas no reajuste anual, mas elas alegam não ter recursos. Ou seja, essas despesas bilionárias já seriam repassadas aos consumidores, mas, com a revisão extraordinária, isso ocorre antes.

Bandeiras tarifárias

A Aneel já havia tomado, no dia 27/02, uma outra decisão que implica em aumento das contas de luz para os brasileiros ao aprovar o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias, cobrada nas contas de luz quando há aumento no custo de produção de energia no país. Os novos valores, agora oficiais, começam a valer a partir desta segunda-feira (2) e são os mesmos propostos no início de fevereiro, quando o assunto foi levado a audiência pública. Com isso, o valor cobrado a cada 100 quilowatt-hora (Kwh) irá subir de R$ 3,00 para R$ 5,50, o que representa um aumento de 83%.

 

Fonte: Agência Brasil



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