Em 19/10/2007 às 09h56
Antes um tabu, a cirurgia plástica para aumentar os seios com próteses de silicone tornou-se uma prática comum e muito natural nos dias de hoje. Contudo, apesar dos avanços da medicina e das informações disponíveis, muitos mitos ainda giram em torno do procedimento, motivo que levou a Gazeta de Muriaé fazer uma entrevista especial com o Dr. David Passy sobre o tema.
Dr. David Passy, um dos 100 especialistas selecionados para participar de um Fórum sobre Implantes Mamários, realizado na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Meridien, trabalha em Muriaé há 26 anos, é Membro Titular e Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Membro Titular e Especialista da Sociedade Ibero Latino-Americana de Cirurgia Plástica.
Seus procedimentos cirúrgicos são executados na Clínica Passy (que também realiza consultas), Hospital São Paulo, Prontocor e Casa de Saúde. Em Itaperuna, além do consultório, Dr. Passy trabalha na Casa de Saúde Santa Terezinha. Já no Rio de Janeiro, atende em um consultório em Ipanema e no Hospital da Plástica, Copa'dor, Hospital Samaritano e Clinica São Vicente.
Gazeta de Muriaé: Alguns anos atrás, as próteses de silicone traziam inúmeros problemas para aquelas mulheres que eram submetidas à cirurgia de aumento das mamas. As próteses tinham que constantemente ser trocadas e, em alguns casos, ficavam com a superfície muito endurecida e dolorosa ao toque. Como as coisas estão hoje?
Dr. David Passy: Como em todo ramo da medicina, a tecnologia tem melhorado muito. Com o aparecimento das próteses de superfície rugosa e de poliuretano, estes problemas praticamente desapareceram. Hoje, é possível fazer a cirurgia de implante de prótese mamária e a paciente não tem necessidade de trocar as próteses.
Gazeta de Muriaé: O maior dos mitos em torno da cirurgia de aumento de mama é o temor de que o silicone leve à formação do câncer de mama. O mito tem algum fundo de verdade?
Dr. David Passy: Apesar de levantada há vários anos atrás, esta questão já foi esclarecida através de um grande estudo realizado nos Estados Unidos e de outro feito no Canadá. Este último avaliou milhares de pacientes que usaram prótese mamária. Os dois estudos mostraram não haver relação entre o câncer de mama e o uso das próteses de silicone.
Gazeta de Muriaé: Que motivos levam uma mulher a fazer uma cirurgia de aumento de mama?
Dr. David Passy: Geralmente é a hipomastia, que é a condição na qual as mulheres apresentam seios pequenos ou que diminuíram após amamentação ou por perda severa de peso. A prótese também pode ser usada com sucesso para corrigir pequenas quedas ou flacidez mamárias.
Gazeta de Muriaé: A função da mama mantém–se inalterada após a cirurgia? A capacidade de amamentação e a sensibilidade são preservadas?
Dr. David Passy: Sim, a cirurgia pode ser feita mesmo antes da gravidez, já que o silicone não influi na amamentação. A prótese pode ser colocada atrás da glândula mamária, ou seja, a amamentação é normal. Na cirurgia, o tecido mamário é deslocado do músculo peitoral, no qual se cria um espaço abaixo ou acima para a colocação da prótese de silicone.
Gazeta de Muriaé: Há uma idade mínima para se realizar a cirurgia? Quais as exigências feita à paciente?
Dr. David Passy: A cirurgia pode ser realizada a partir dos 16 anos de idade. É necessário que a paciente seja submetida a uma serie de exames laboratoriais e, dependendo da idade, a uma avaliação cardiológica.
Gazeta de Muriaé: É demorada a cirurgia? E quanto à anestesia e a recuperação?
Dr. David Passy: A cirurgia é realizada com anestesia local ou epidural e dura, em média, uma hora. A permanência na clínica também é curta - cerca de 8 a 24 horas. A recuperação pós-operatória é rápida, com retorno às atividades normais em torno de 10 a 15 dias.
Gazeta de Muriaé: Existem muitas técnicas para a realização da cirurgia?
Dr. David Passy: Existem três técnicas cirúrgicas para a inclusão mamária: Via Periareolar - a cicatriz fica em torno da metade inferior da aréola, mas há limitações para inclusão da prótese de acordo com o tamanho da aréola da paciente; Via Axilar - a cicatriz é quase invisível, sendo feita nos sulcos axilares e a prótese é colocada, via de regra, debaixo do músculo peitoral; Via Inframamária - é aplicável em todos os casos e a cicatriz fica “escondida” no sulco da mama.
Gazeta de Muriaé: O procedimento é muito caro?
Dr. David Passy: Não, com o aparecimento de novas tecnologias, técnicas e materiais de trabalho, todo procedimento tende a baratear, até mesmo pela popularização da cirurgia que acontece nos nossos dias. Em nossa Clínica oferecemos a opção de pagamento em 15 vezes, hoje, para as cirurgias. A plástica de aumento é hoje uma cirurgia relativamente simples, segura e com alto índice de satisfação das pacientes, o que a fez tão popular nos dias atuais.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, é recomendado que o paciente, antes de tomar qualquer decisão, procure esclarecer suas dúvidas e se informar bem para a escolha de um profissional competente. Isso pode ser feito acessando o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br), que traz informações adicionais a respeito dos cirurgiões capacitados para esta prática.
Maiores esclarecimentos no www.clinicapassy.com.br.