Um importante trabalho de avaliação dos
serviços de telecomunicações está sendo executado em Muriaé pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente. Um convênio firmado entre a secretaria e a
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, irá verificar se a radiação
eletromagnética emitida pelas antenas de telefonia celular estão dentro das
normas de segurança do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais.
Os professores de Engenharia Elétrica-Telecomunicação, Daniel Discini e
Alexandre Bessa, do Departamento de circuitos elétricos da UFJF, já começaram o
trabalho de campo para verificar as ações necessárias e desvendar os impactos
ambientais desta atividade no município de Muriaé, além de propor medidas
preventivas em relação ao meio ambiente.Segundo a Secretária de Meio Ambiente, Juliana Guarino, o principal objetivo da
ação é cuidar da população. Segundo ela, o laudo técnico, que será apresentado
nas próximas semanas, irá mostrar o resultado das avaliações quantitativas dos
campos eletromagnéticos no município e ainda, se o limite de radiação está
sendo respeitado em Muriaé, pelos serviços de telecomunicações.As estações radiobase de telefonia celular, são regulamentadas pela Lei
Municipal 2.871, de 2003, cabendo a fiscalização à Secretaria Municipal de Meio
Ambiente. De acordo com essa lei, as antenas deverão estar, no mínimo, a 34
(trinta e quatro) metros de distância da divisa do imóvel onde estiver
instalada e respeitar a distância de 50 (cinquenta) metros, nas
proximidades de hospitais, creches, estabelecimentos de ensino e asilos.
Riscos à
saúde
O sistema de telefonia celular é responsável pela
emissão de ondas eletromagnéticas de 9 MHz a 300 GHz. Alguns pesquisadores
estabelecem uma correlação entre a exposição a esse tipo de radiação e o
surgimento de alguns tipos de doenças. Outros, no entanto, acreditam que não há
evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixo nível tenha
consequências sobre a saúde, mas continuam a realizar pesquisas para aprofundar
os conhecimentos sobre os efeitos biológicos das radiações.
Paralelamente, alguns municípios brasileiros já estão adotando medidas próprias
para reduzir os possíveis efeitos desse tipo de poluição ambiental. Em Muriaé,
o trabalho tem caráter preventivo, a medida visa a precaução contra
possíveis e eventuais impactos negativos gerados pela radiação, não ionizante,
ao ambiente e à saúde humana.