Gazeta de Muriaé
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Em 28/09/2007 às 08h38

FCV promove I Jornada de Oncologia Gastrointestina

  A Fundação Cristiano Varella - Hospital do Câncer de Muriaé - é um dos mais avançados e bem equipados centros de prevenção, diagnóstico e tratamento do país e oferece toda a estrutura que se pode encontrar nos grandes centros, não só em tecnologia, como em corpo profissional. Essa competência deve-se à constante busca de aprimoramento e de atualização perante as novas tecnologias e descobertas da ciência.

  Assim, para abordar as novidades em diagnóstico e tratamento dos vários tipos de câncer gastrointestinais, a Fundação Cristiano Varella realizou a I Jornada de Oncologia Gastrointestinal, no último sábado (22), reunindo profissionais de Muriaé, da região e de outros Estados. O evento teve o apoio do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

  “Nosso objetivo foi congregar médicos da região e, juntamente com médicos de renome nacional, poder discutir os aspectos mais atuais do tratamento dos tumores do aparelho digestivo. O Congresso ajuda a atualizar o conhecimento e a contextualizá-lo com as nossas características regionais. É uma ambição nossa de, além de fazer da Fundação uma entidade assistencial, transformá-la também em entidade científica”, explicou Dr. Edson Augusto Ribeiro, presidente do Congresso e membro da Comissão Organizadora.

  A Jornada, que começou às 08h, teve como primeira palestrante a Dra. Micheline Campos Resende, do Hospital do Câncer de Muriaé, que falou sobre os aspectos gerais da epidemiologia do câncer gastrointestinal. “Esse Congresso mostra que a iniciativa do Dr. Edson é muito importante, porque reúne professores de alto gabarito aqui, no interior. Isso é muito necessário para nós, uma vez que temos um serviço de excelência localizado em uma cidade do interior; então, é fundamental estarmos discutindo, revendo os protocolos, sabendo o que há de novo na área de câncer”, comentou a médica.

  Presente à abertura, o secretário Municipal de saúde, Dr. Marcos Guarino de Oliveira, lembrou a importância da Fundação Cristiano Varella para a região: “Este é um momento especial na área de saúde da nossa região, não só pelo Congresso, mas pela atualização, já que a Fundação é hoje um grande destaque como pólo no atendimento da área de oncologia, oferecendo tecnologia de ponta e conhecimento científico que pode repassar para todos os profissionais que estão aqui”.

  Na seqüência, Dr. Edson Augusto Ribeiro deu as boas-vindas aos participantes e abordou os princípios do tratamento oncológico a partir de uma visão multidisciplinar. Uma apresentação no telão também contribuiu para ilustrar os trabalhos realizados no Hospital do Câncer de Muriaé. A ética médica foi o tema da palestra de Dr. Agildo Alvarenga Godinho, da Universidade Federal de Juiz de Fora; e telemedicina, do Dr. Cláudio de Souza, de Belo Horizonte, representante do Conselho Regional de Medicina.

  Os profissionais também participaram de uma mesa-redonda, na qual discutiram a importância da integração dos serviços da região para melhoria de chances de cura dos pacientes. Para o Dr. Renam Catharina Tinoco, do Hospital São José do Ivaí, de Itaperuna (RJ), a parceria entre os hospitais é de grande relevância: “Esse Hospital do Câncer é um exemplo para o interior e o deputado Lael Varella foi muito feliz em construir este centro de tratamento. Em Itaperuna, temos o hospital onde já trabalhamos há mais de 40 anos, mas fico muito feliz em ter esse parceiro aqui, que tanto contribui para a saúde do povo e agora traz este conhecimento para o interior, atualizando os profissionais”.

  A mesa-redonda teve como debatedores Dr. Renato Del Penho, do Hospital São Paulo e Dr. Wilson Roberto Batista, do Hospital do Câncer de Muriaé. “Um evento como este não traz só informação, mas demonstra, de forma mais resumida, os resultados que temos na Fundação. É uma forma de tomarmos conhecimento das experiências e dos resultados de outros centros especializados em oncologia. O Congresso traz uma grande oportunidade não só para nós, da Fundação, mas para outros médicos da cidade. Espero que consigamos fazer isso por muitos anos, pois demonstra nosso espírito de manter o médico sempre atualizado, oferecer o melhor tratamento e buscar o melhor para os pacientes, porque são eles que, em última análise, se beneficiam de um Congresso como este”, ressaltou Dr. Wilson Batista.

  A seguir, vieram as palestras de Dr. Augusto Cláudio de Almeida Tinoco, do Hospital São José do Ivaí, de Itaperuna, e de Dr. Wilson Toshihiko Nakagawa, do Hospital do Câncer de São Paulo. Eles falaram sobre o “Papel da videolaparoscopia nos tumores do aparelho digestivo” e “Tratamento cirúrgico dos tumores colorretais”, respectivamente. Dr. Edson Augusto Ribeiro também fez uma palestra enfocando o “Tratamento cirúrgico do câncer gástrico”.

  Após o almoço, foram organizadas mais duas mesas-redondas: a primeira teve como moderador o Dr. Wilson Roberto Batista, do Hospital do Câncer de Muriaé, e como debatedores, Dr. Vinícius da Costa Klein, do Instituto Oncológico de Juiz de Fora e Dr. Marcelo Pimenta Fernandes, de Viçosa (MG). Já na segunda, a moderação ficou por conta de Dr. Augusto Cláudio de Almeida Tinoco, do Hospital de São José do Ivaí, de Itaperuna, e os debates a cargo dos médicos Carlos Magno Ciribelli Pereira, do Hospital São Paulo de Muriaé, e José Newton Carvalho Thomé, de Cataguases.

  Outras palestras, proferidas por convidados do Congresso, foram apresentadas na mesma tarde: “O que mudou após o imatinibe?” - Dr. Marcus Vinícius Motta, do Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro; “Papel da radioterapia no câncer gastrointestinal” - Dr. Michael Jenwei Chen, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo; “Tratamento cirúrgico videolaparoscópico do câncer de esôfago” – Dr. Renam Catharina Tinoco do Hospital São José do Ivaí, de Itaperuna. Os doutores Wilson Roberto Batista, Carla Simone Moreira de Freitas e Edson Augusto Ribeiro também palestraram. Os temas foram, respectivamente, “Tratamento cirúrgico convencional do câncer de esôfago”, “Papel da quimioterapia no câncer gastrointestinal. Quais as indicações e benefícios comprovados?” e “Metástases hepáticas”.

   Após a discussão dos temas apresentados, aconteceu a cerimônia de encerramento da I Jornada de Oncologia Gastrointestinal do Hospital do Câncer de Muriaé, seguida da Primeira Assembléia do Capítulo Mineiro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.

  Para o Diretor-administrativo e Financeiro do Hospital do Câncer, Sérgio Dias Henriques, a Jornada proporcionou aos participantes um maior acesso às informações divulgadas nos grandes centros: “A Fundação sempre busca trazer eventos desta natureza para a instituição, não só na área médica, mas na administrativa e assistencial também. Isso é de grande importância para levar o conhecimento às pessoas e para termos aqui, ao nosso lado, profissionais de outras cidades, como tivemos hoje, o que só vêm engrandecer e trazer novos conhecimentos para nossos profissionais”.

  Presente à Jornada, o deputado federal Lael Varella comentou as proporções que seu sonho, de promover a saúde no município que o viu nascer, acabou tomando, com os avanços da Fundação: “A realização deste encontro traz para nós, que somos idealizadores do Hospital, uma emoção e um orgulho muito grande. Vemos hoje, aqui, médicos da região, de cidades maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, participando desta iniciativa de maior entrosamento do conhecimento. Neste mundo em que vivemos, ninguém é mais capaz que ninguém, e isso se aplica também aos médicos. Cada um conhece mais em uma área e o importante é compartilhar. Estou convicto de que a grandeza do Hospital do Câncer de Muriaé não está só em seu corpo clínico, mas em sua grandeza global de atendimento. Por isso, hoje, ele compete com os melhores hospitais do mundo, como o de Milão, que é a sede do Instituto Europeu de Cancerologia, como Nova York, enfim. É preciso, então, que o público de Muriaé venha conhecer esse hospital, porque é uma Fundação sem fins lucrativos e quando eu morrer, não fica para meus filhos e sim para o povo da região”, concluiu Lael.

Autor: Andréa Oliveira

Fonte: Cícero Gomes



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