Itajubá foi, no último dia 09, a sede das finais dos Jogos Escolares de Minas Gerais – JEMG 2007. Muriaé esteve presente, brilhantemente representada pelos atletas da Escola São Paulo, que conquistou o segundo lugar no HANDEBOL MASCULINO – módulo II com alunos de 15 a 17 anos. Mais que isto, a Escola teve o atleta destaque da competição, o jovem Augusto Facchini Rodrigues, de 15 anos.

  Assim a Gazeta de Muriaé procurou o jovem Facchini, como é chamado pelos colegas de equipe, para conhecer melhor este atleta e principalmente a pessoa, o jovem Augusto Facchini Rodrigues.

  Filho de Carlos Augusto Dutra Rodrigues e Maria do Carmo Facchini e sempre cercado de amigos, Augusto concedeu a entrevista com uma considerável platéia, que atenta observava cada palavra do colega.

xtrovertido e brincalhão, Augusto foi simpático em todos os questionamentos e mostrou-se acima de tudo um membro de uma equipe, coesa e comprometida com o sentimento de corpo. Ele não aceita muito facilmente o título de destaque, mas insiste em dizer que a conquista é de todos: "Este troféu que recebi de destaque não significa que eu fui o destaque, mas que eu tive um destaque, porque qualquer um teria a capacidade de conseguir este troféu; então, não acho que seja mérito apenas meu, mas de toda a equipe".

  Mostrando uma precoce maturidade, Augusto repeliu qualquer alusão ao talento que possua: "O sucesso que conseguimos foi graças a muito esforço, nós trabalhamos, ralamos bastante para conseguirmos chegar aonde chegamos. Talentoso eu não sei se eu sou, mas eu posso dizer que sou bastante esforçado, venho nos treinos e faço tudo com seriedade, com vontade e acho que é este o caminho".

  Augusto não se vê como modelo, mas transfere esta função para toda a equipe: "É muito bom se esforçar, alcançar um objetivo que buscamos, mas eu não me vejo como modelo, modelo seria toda a equipe. Quando estamos treinando, as crianças ficam observando e eles observam toda a equipe, todos nós. O modelo é o time, cada um de nós tem características que devem ser observadas".

  Sobre a participação da família, Augusto foi muito enfático: "A minha família me deu muito apoio. Desde o início dos treinamentos, ainda na 6ª série". O pai, Carlos Augusto Dutra Rodrigues, que foi um dos pais a acompanhar os jogos em Itajubá, teve papel importante para o jovem: "O meu pai sempre gostou de acompanhar os treinamentos e este ano tivemos a oportunidade de competir e meu pai foi conosco. A minha família sempre deu todo o apoio e contribuiu em tudo que necessitei".  

  Às vésperas de completar 16 anos, o que acontece no próximo dia 07, Facchini pratica handebol há 4 anos e foi na Escola São Paulo que teve o primeiro contato com o esporte.

  Não poderíamos deixar de questionar o atleta sobre dois temas importantes: o primeiro é o segredo de uma equipe de sucesso e o segundo é como conciliar esporte e estudo: "A receita do sucesso da equipe é a união, companheirismo e a perseverança do time que foram fundamentais, além, do esforço do professor Baldanza, que foi um grande exemplo para todos nós".

  Para a última pergunta, ele disse: "É importante diferenciar o esporte do estudo, eu sempre consegui separar isto, hora de esporte é hora de esporte e hora de estudar é hora de estudar".

  O que parece um desafio para muitos adolescentes, para Augusto  Facchini Rodrigues e equipe parece ser natural; assim procuramos   Márcia Maria Murta de Castro e Carvalho, Supervisora Escolar da  Escola São Paulo, que explicou como tudo acontece: "Acontece de forma em que o aluno se organiza entre o tempo e o espaço; ele se dedica aos estudos, disciplina o seu tempo, o seu momento de treinamento, se dedica a estes treinamentos com disciplina não comprometendo a sua atitude acadêmica que é primordial na vida dele, porque não adianta ser um ótimo atleta e não ter uma formação acadêmica que o leve a uma realização muito maior". Márcia afirmou que há um acompanhamento dos alunos que se dedicam às atividades esportivas na Escola: "Sempre nós acompanhamos os alunos que se dedicam ao esporte com esta finalidade de conquistas, mas, mostrando sempre que um atleta se completa com disciplina; com a organização do seu tempo e do seu espaço ele pode se auto-organizar para que não comprometa o esporte que ele tanto almeja e que é uma atividade salutar, excelente para a saúde e um elemento primordial na formação do caráter e a formação acadêmica, que é a sua realização profissional que o leva ao futuro".

  Márcia finalizou dizendo: "Eu considero o esporte uma ferramenta importantíssima na vida do jovem hoje, tanto que a formação acadêmica pode ser até melhor disciplinada; quando um aluno se determina na prática de um esporte que o leve ao sucesso, é um estimulo e uma motivação muito grande para que ele cumpra com os seus deveres acadêmicos e se realize como esportista".