Em 15/09/2007 às 11h29
Na letra de uma de suas canções, o Engenheiros do Hawaii diz: “Se eu pudesse ao menos te contar o que se enxerga lá do alto...”. Poucos têm o privilégio de chegar às alturas, mas quantas vezes nos pegamos imaginando como é esta sensação.
Para quem visitou a exposição “Ases Indomáveis” no Pavilhão Agrícola da 53ª Expô de Muriaé, foi possível sentir um pouquinho deste anseio que, há séculos, preenche os sonhos da humanidade: voar. Em 30 fotografias, o repórter-fotográfico da Gazeta de Muriaé, Cícero Gomes Ribeiro, procurou transmitir suas sensações. Mesmo sem ter estado lá, no alto...
Daqui da terra mesmo, ele registrou as facetas da “Esquadrilha da Fumaça” durante sua apresentação, no dia 06 de maio deste ano, em Eugenópolis. Entre tantas manobras radicais dos pilotos da Força Aérea Brasileira, muita atenção na hora do clique e olhos bem atentos a todos os movimentos para uma composição perfeita, capaz de narrar, quadro a quadro, o que foi visto in loco.
O ineditismo do repórter, que a cada dia mais cede aos apelos da fotografia, também se fez notar nos registros do “I Encontro de Parapentes de Muriaé”, realizado entre 08 e 10 de junho, na Serra de Pirapanema. Novamente, lá estava ele e sua câmera, em meio à apuração dos fatos, disparando cliques rumo ao céu.
Para os visitantes da exposição “Ases Indomáveis” que, merecidamente, inicia temporada, na próxima segunda-feira (17), na Galeria de Artes da Fundarte, ficam as imagens da audácia e do espírito de equipe da Esquadrilha da Fumaça, assim como o lazer sadio e contagiante dos parapentistas. Na memória, registros do céu límpido, aberto a novos vôos e a certeza de que, lá do alto, tudo deve ser bonito...
Para Cícero Gomes, abrem-se novas expectativas e rumos diversos. Para onde? Não se sabe... E ele nem faz questão de se juntar aos pilotos da FAB ou se aproximar da rampa de parapente e saltar... Que nada... Isso nem seria preciso... Para alguém que está disposto a dar asas à imaginação, nem o céu pode ser o limite.