Gazeta de Muriaé
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Em 16/09/2013 às 10h31

Entrevista: Marcelo Crespo

"A terapia floral é uma medicina de vanguarda, que atua profundamente na verdadeira causa das enfermidades"



Marcelo Crespo é terapeuta holístico, bioquímico e farmacêutico homeopata há vinte e três anos. Graduou-se em Farmácia e Bioquímica, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1990. Licenciou-se em Ciências Farmacêuticas, pela Universidade do Porto,  Portugal, em 1993. Desde então, é membro da Ordem dos Farmacêuticos portuguesa. Pesquisa essências florais e trabalha com terapia floral desde o início da década de 1990. Em 2013, o IBEFLOR iniciou a produção dos Florais de Bach no Brasil, sendo a primeira empresa produtora dos Florais de Bach da América do Sul e a primeira fora da Europa. Atualmente, Marcelo Crespo ministra cursos e conferências no Brasil e no exterior, divulgando, mundo afora, os benefícios da terapia floral, difundindo os Florais da Mata Atlântica, os Florais de Bach e a tecnologia de produção de essências florais em glóbulos.

 

Gazeta de Muriaé –  O que é e para que serve a Terapia Floral?

Marcelo Crespo - É uma prática terapêutica integrativa ou complementar que visa ao equilíbrio emocional e estímulo da força vital, para a promoção da saúde. A Terapia Floral é um procedimento holístico, focado no indivíduo e não na doença ou seus sintomas. O indivíduo é avaliado como ser integral, multidimensional, com corpo, mente, alma e emoções, relacionando-se com o mundo a sua volta. Avaliamos como o indivíduo é afetado em suas relações sociais e interações com os estímulos externos. Do ponto de vista da física quântica, é um tipo de medicina vibracional que utiliza a energia das flores de determinadas espécies vegetais, para promover mudanças benéficas nos campos energéticos sutis dos seres vivos, vitalizando seus centros de energia, desobstruindo ou favorecendo seus fluxos energéticos. A terapia floral é uma medicina de vanguarda, que atua profundamente na verdadeira causa das enfermidades: o conflito entre a alma e a personalidade. A floralterapia (nomenclatura proposta pela ANVISA — Agência Nacional de Vigilância Sanitária) visa a equilibrar ou fortalecer emocionalmente o indivíduo, para que este lide melhor com suas inquietações, com o estresse, baixando seus níveis de ansiedade, de modo que este se relacione melhor com os outros, com o mundo ao seu redor e seja mais feliz.    

 

GM - A Terapia Floral já é bem aceita como medicina integrativa ou terapeutica complementar?

Marcelo Crespo -  Sim, a Terapia Floral é reconhecida há décadas, tendo sido aprovada e recomendada pela: OMS — Organização Mundial de Saúde, desde 1983. Lei Estadual nº 5471/2009, que incluiu a Terapia Floral no Programa de Terapias Naturais do Estado do Rio de Janeiro, como prática integrativa e complementar à saúde humana. Projeto de Lei Municipal nº 1221/2009, aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, em agosto de 2013 (há duas semanas), instituindo a Terapia Floral em todos os atendimentos públicos de saúde do Rio de Janeiro. CFO — Conselho Federal de Odontologia, através da Resolução CFO-82/2008, que regulamentou a Terapia Floral como prática integrativa ou complementar aos procedimentos odontológicos, instituindo a especialização em Terapia Floral para os cirurgiões-dentistas. ANVISA — Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da Instrução Normativa nº 9, de 18 de agosto de 2009, que aprovou a comercialização das essências florais, utilizadas na floralterapia, nos estabelecimentos farmacêuticos, em todo o território brasileiro.   

 

GM –  Como são os feitos os atendimentos em Terapia Floral?

Marcelo Crespo - Nos atendimentos, avaliamos a pessoa como um todo: o seu corpo, mente, emoções, estado de espírito, a forma como se relaciona com os outros, sua capacidade de enfrentamento das dificuldades e desafios da vida, a forma como lida com o estresse e como se deixa afetar emocionalmente em seu dia-a-dia. Nas consultas de Terapia Floral, os sintomas, dores ou desordens são sinais indicativos dos desequilíbrios que resultaram na enfermidade. Todas as queixas são levadas em consideração como o rastro das verdadeiras causas dos desequilíbrios emocionais que determinam as doenças físicas ou psíquicas. A Terapia Floral não visa, simplesmente, a suprimir os sintomas, como é feito nos procedimentos alopáticos — a abordagem é integral e as pessoas só têm a ganhar com essa medicina integrativa.  Nos atendimentos, avaliamos o quanto o estresse e os desafios da vida afetam emocionalmente as pessoas. Equilibrando o indivíduo emocionalmente, com a energia das flores, alivia-se o estresse e, consequentemente, reduz-se o sofrimento psíquico, sem o uso de sedativos ou entorpecentes de qualquer espécie. Por isso, dizemos que a terapia floral é um tratamento complementar, uma medicina integrativa às práticas tidas como "ortodoxas". Observamos como o indivíduo se comporta emocionalmente frente aos desafios da vida, frente às enfermidades, ajudando-o a enfrentá-la com os florais apropriados. Os florais desobstruem os canais de comunicação entre a personalidade e a alma humana. A terapia com florais é vitalizante para as emoções, para a mente e para o corpo. A Terapia Floral não tem como finalidade o tratamento paliavo da sintomatologia, mas sim a reestruturação do equilíbrio emocional que, muitas das vezes, é a principal causa das enfermidades.

 

GM -  Como e com quem as pessoas podem buscar a Terapia Floral, para fazer uso dos Florais de Bach ou Florais da Mata Atlântica?

Marcelo Crespo - As pessoas devem buscar atendimento com profissionais que tenham experiência na prática terapêutica com florais. Em Muriaé, eu e a Dra. Juliana Crespo estamos atendendo às sextas-feiras, no consultório do Edifício Bronze, sala 113 — junto com as psicólogas Margarida Vargas (Gôza) e Célia Bandeira. Atendemos gratuitamente as pessoas que fazem parte do Grupo Di Vida, ONG idealizada pela psicóloga Gôza, que presta um belíssimo serviço à sociedade muriaeense. Eu e a Dra. Juliana Crespo também fazemos atendimentos particulares e o agendamento das consultas pode ser feito através dos telefones (32)3721-2670 ou (32)8899-9771.

 
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GM -  Quem pode utilizar as essências florais?

Marcelo Crespo - Todas as pessoas, nas mais diversas situações. Os florais podem ser utilizados por bebês, crianças, adolescentes, adultos e pessoas na fase madura da vida. O perfil das pessoas que buscam atendimento em Terapia Floral conosco é bastante variado. Atendemos pessoas ansiosas ou agitadas, que buscam reduzir os níveis de estresse. Pessoas com depressão. pessoas em crise ou vivendo conflitos familiares. Crianças em idade escolar, com dificuldades de aprendizagem ou com TDAH — Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. Pacientes com câncer, buscando amenizar o sofrimento psíquico, durante ou após a quimioterapia e radioterapia. Pessoas idosas, infelizes, com carência afetiva ou que sofreram abandono. Pessoas que têm preocupações excessivas, ou dificuldades para dormir. Adolescentes revoltosos ou com conflitos da personalidade. Pessoas em luto ou que sofreram perdas familiares, buscando encontrar forças para seguir adiante. Pessoas que sofreram traumas, acidentes ou abusos. Atendemos crianças pequenas, inclusive bebês em tenra idade, que têm que lidar com mudanças adaptativas importantes no curso da primeira infância: adaptações ao ambiente, o aparecimento da primeira dentição, mudanças na alimentação, mudança da microbiota. A Terapia Floral é isenta de efeitos colaterais. pode ser utilizada em conjunto, com outros tipos de tratamento, mesmo os tratamentos alopáticos mais agressivos, como a quimioterapia.  A Terapia Floral é de baixo custo, sendo bastante acessível a qualquer pessoa.  

 

GM – Como funcionam os cursos s de Formação em Terapia Floral para acadêmicos e profissionais de saúde que tem ofertado?

Marcelo Crespo - Temos apresentado cursos e palestras para a formação de terapeutas florais, em todo o Brasil e no exterior. O público é formado por profissionais de saúde das mais diversas profissões: cirurgiões-dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, médicos, psicólogos e terapeutas florais. Apresentei o último curso sobre os Florais da Mata Atlântica no último fim de semana, em Manaus, Amazonas. No próximo fim de semana, haverá novo curso no Rio de Janeiro, na sede da RIOFLOR — Associação de Terapeutas Florais do Rio de Janeiro. Os acadêmicos e profissionais interessados em um curso aqui em Muriaé deverão entrar em contato com o Everaldo, no IBEFLOR — Instituto Brasileiro de Essências Florais — Tel: (32)3721-2670, ou através do e-mail cursos@floraisdamataatlantica.com.br.

 

GM -   Como surgiu a ideia de produzir e pesquisar Florais a partir de espécies da Mata Atlântica?

Marcelo Crespo - Comecei a trabalhar com os Florais de Bach no final dos anos 80, estagiando em farmácias em Juiz de Fora. Durante a década de 1990, sempre tive os Florais de Bach (ingleses) em minhas farmácias. Mas por que trabalhar com florais importados, havendo tanta riqueza por aqui? Então, a partir de 1997, comecei a desenvolver florais utilizando espécies nativas da Mata Atlântica, aproveitando a riqueza da biodiversidade desse bioma que representa 24,4% da flora mundial. A Mata Atlântica talvez seja o bioma mais biodiverso do planeta, oferecendo benefícios ímpares à nossa sociedade. Essa iniciativa foi reconhecida pela IEBT/UFV — Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, da Universidade Federal de Viçosa, à qual o IBEFLOR esteve vinculado por três anos, com sede no Campus Universitário da UFV. Entretanto, é duro ver como a Mata Atlântica vem sendo devastada em Muriaé e região... A partir do final da década de 1990, comecei a desenvolver um programa ambiental para Muriaé. Fizemos várias iniciativas visando à proteção e recuperação da Mata Atlântica: palestras educacionais para adultos e crianças, nas faculdades, escolas públicas e colégios particulares do município. produzimos milhares de mudas de espécies nativas, fornecidas à comunidade em troca de alimentos não perecíveis. ao longo de seis anos de iniciativa, plantamos quase 10.000 mudas de árvores nativas e arrecadamos mais de 7 toneladas de alimentos doados pela comunidade, que foram repassados a diversas instituições caritativas de Muriaé. mas a devastação das nossas matas persiste e é cada vez maior... A Zona da Mata de Minas Gerais têm um dos maiores índices de devastação da Floresta Atlântica, em todo o Brasil. O que fazer? Muriaé não avança nas questões ambientais pois o poder público é ineficiente e as rédeas do Meio Ambiente têm estado nas mãos de pessoas muito despreparadas para isso... Insisto em dizer que o retrato da nossa relação com o meio ambiente começa com a flora existente no ambiente urbano. Veja o estado em que estão os jardins e espaços verdes por todo o município... Abandonados! Veja como são tratadas as poucas árvores espalhadas por toda Muriaé... No centro, os Oitis centenários da Rua Dr. Alves Pequeno estão cravejados de pregos e ganchos onde as pessoas penduram sacos de lixo. No final do expediente, os comerciantes também põem o lixo de suas lojas ao pé dessas arvores. Os canteiros e jardins estão sujos, maltratados e são depósitos de lixo... Que exemplo estamos dando para as futuras gerações? Há alguém no poder público cuidando para mudar essa realidade? Estive, recentemente, em Paris e Bruxelas. Nessas cidades, todos os vegetais estão identificados, bem cuidados e são periodicamente monitorados. Quando falo nisso, as pessoas me dizem que aqui é "Brasil". Que não se pode comparar a realidade da França e da Bélgica com "isso aqui". E por que não? Por acaso somos uma "espécie diferente"? Todos concordam que, em matéria de futebol, somos melhores que os belgas e franceses! Por que somos tão diferentes, em termos de respeito ao patrimônio público e patrimônio ambiental? Precisamos, sim, evoluir em termos de comportamento social e educação ambiental... Bem, não vou estender mais esse assunto, pois já está se tornando um outro artigo...

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GM - O IBEFLOR é, portanto, a primeira empresa produtora dos legítimos Florais de Bach no Brasil e, também, a primeira fora da Europa. Como se deu este processo?

Marcelo Crespo - Vislumbramos a possibilidade de produzir os Florais de Bach no Brasil em função do alto custo do produto no mercado nacional, que chega a ser de mais do dobro do preço praticado na Inglaterra, país de origem das essências florais.  Tudo começou há cerca de quatro anos e meio, quando começamos a pesquisar o mercado e as possibilidade de trazer da Inglaterra as matrizes, ou seja, as tinturas-mães originais com as quais são produzidos os legítimos Florais de Bach. Depois de um ano e meio de planejamento e três viagens à Europa, com investimentos de tempo e trabalho, finalmente iniciamos a produção dos Florais de Bach no Brasil. E nossa empresa, sediada em Muriaé, é a primeira no mundo a produzi-los fora da Europa.     

Autor: Gazeta de Muriaé

Fonte: Gazeta de Muriáe



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