Gazeta de Muriaé
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter

Em 16/07/2013 às 09h47

Coluna de Psicologia: As dores do amor... Por que não somos "felizes para sempre"?

       image   


  
AS DORES DO AMOR... PORQUE NÃO SOMOS "FELIZES PARA SEMPRE"?

 

Desde sempre sonhamos com a felicidade eterna, o amor duradouro, retratado no príncipe encantado que nos arrebataria e nos levaria no seu garboso cavalo branco. Quem nunca se pegou sonhando de olhos abertos, com aquele amor lindo e maravilhoso, sendo amado e amando com paixão, nos tornando essencial ao amado? Quem não se sentiu mais bonito, mais alegre, mais cheio de vida ao se apaixonar?

Que sentimento é esse que nos torna mais amáveis, mais educados, mais sensíveis? Dependemos do amor desde bebês, quando acalentados no colo quente e macio da mãe, nos sentimos inteiros e completos. É a maior experiência de plenitude e que, ao longo da vida, vamos tentar repetir e buscar com tanto ardor.

"sem o amor, o que significa viver?" Pergunta-se Dom Quixote.

Se é tão fundamental amar  e ser amado, por que não conseguimos ser felizes "pro resto da vida" com o nosso amor? Por que sofremos e insistimos em relações que mais nos faz sofrer que ser feliz? Será o amor uma doença?  Uma ilusão? "A dor do amor, ou a paixão, sempre foi um mal da humanidade e não existe um remédio, até hoje encontrado, para esse tipo de doença. A dor do amor é algo profundamente humano" diz Kay Hoffman, em seu livro ‘As dores de amor de Sócrates'.

Se for possível sofrer tanto com a perda do amor, também podemos aprender muito sobre a vida e sobre a morte, podendo crescer e amadurecer, suportando a separação do ente querido e amado.

Mas, como o mais desejado sentimento pode nos fazer sofrer tanto? Em nome do amor também podemos nos tornar mais ansiosos, agressivos, desesperados, mais inseguros e medrosos. Para ter o amor a qualquer custo, podemos ameaçar, roubar, trair, humilhar, mentir, etc., pode-se até matar ou morrer.

Por causa do amor, ou pela falta dele, homens e mulheres se submetem a relacionamentos que de amorosos não tem nada, ou nada sobrou. Relacionamentos destrutivos, que fazem sofrer, que se tornam insuportáveis e doentios. Será a carência pelo amor do outro tão grande que nos esquecemos de nós mesmos para viver só em função do outro?

O que não conhecemos de nós mesmos e o que vamos buscar e espelhar no outro? O que revelamos de nós mesmos ao permitir que o outro abuse, sugue, tire de dentro de nós o que de mais bonito ou feio, que nem nós sabíamos que tínhamos?

Sim, por causa do amor podemos ser senhores ou escravos, podemos dominar ou ser dominados, torturar, se torturar.

Talvez algum trauma, uma rejeição, uma crença, uma falta de amor por si mesmo, para explicar o que nos impede de romper com um relacionamento tão destrutivo?

Amores que nos fazem mal estão aí, mais frequentes que gostaríamos de acreditar, mais patológicos que pensamos ser, mais humanos e dolorosos que desejaríamos. E então, o que nos resta? Não acreditar no amor? Viver a eterna solidão? Rever os conceitos e crenças sobre o amor e a paixão? Conhecer melhor o que espero desse amor?  São Infinitas  as possibilidades.

 

 

Autor: Gazeta de Muriaé

Fonte: Gazeta de Muriáe



Gazeta de Muriaé
HPMAIS