Gazeta de Muriaé
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Em 08/07/2013 às 15h49

Coluna de Psicologia:Terapia de Família

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Desde que trabalho com terapia de crianças e adolescentes, e também na psicoterapia com pessoas adultas, muitas vezes deparei-me com as dificuldades de manejo de certas situações que envolviam a família como um todo, ou mais especificamente os pais.

O vínculo entre os sintomas apresentados por estes pacientes, as dificuldades existentes nas relações com os pais, e entre os pais, é sempre ressaltado por teóricos e profissionais da saúde mental.

O trabalho com a terapia de crianças e adolescentes aponta, na maioria das vezes, que os distúrbios de comportamento apresentados pelas crianças encontram suas raízes na relação dos pais e que, às vezes, é suficiente uma intervenção ao nível do casal para que haja uma remissão de grande parte dos sintomas apresentados pelos filhos.  Daí a necessidade de buscar novas abordagens terapêuticas que se possa utilizar como recurso no trabalho com as famílias e com as crianças.

Numerosos estudos têm demonstrado que a família se comporta como se fosse uma unidade, agindo de modo a tentar estabelecer um equilíbrio em suas relações. Quando um membro de uma família abriga uma tensão, que termina aflorando em sintomas, todos os membros desta família estão, de algum modo, sentindo esta tensão e reagirão de diferentes formas.

O terapeuta lida com a tensão familiar e busca auxiliar encontrando o equilíbrio novamente. O relacionamento conjugal exerce influência sobre a natureza do equilíbrio familiar. Ele constitui o EIXO em torno do qual se formam todas as outras relações. Os cônjuges são os arquitetos da família. Um relacionamento conjugal tenso, tende a produzir funções maternas e paternas confusas.

A criança e/ ou  adolescente que apresenta os sintomas é o membro que mais é afetado pelo relacionamento conjugal tenso, se tornando mais vulnerável para apresentar problemas de comportamento ou de aprendizagem.

Todas as famílias modernas estão sujeitas às tensões existentes dentro da sociedade contemporânea. Entretanto, algumas delas são capazes de criar filhos autoconfiantes, com capacidade para enfrentar, de modo bem sucedido, um ambiente qualquer. 

O modo (as atitudes, como se comportam) pelo qual os pais educam um filho é praticamente tão importante quanto o modo que ensinam (ou seja, aquilo que falam aos filhos), um gesto pode falar mais que mil palavras, mas, como diz Peggy O´Mara," o modo como falamos com os nossos filhos é o que se torna sua voz interior".

A criança aprende acerca das pessoas e de si mesma, integrando-se com elas e as observando interagir. Cada elemento de uma família tem um papel a desempenhar: marido, esposa, pai, mãe, filho, irmão e assim por diante. Esse sistema de relação é que deve possibilitar o desenvolvimento de cada um dos membros da família.

Não existe "escola" para o treinamento desses papéis e as vivências do casal são influenciadas pelo jeito de ser de cada um e pela sua família de origem.

TODA FAMÍLIA TEM A CAPACIDADE DE TRANSFORMAÇÃO. DEVE-SE ACREDITAR NA POSSIBILIDADE DE MUDANÇA, POR MENOR QUE SEJA.

Daí o papel da terapia familiar.

Autor: Gazeta de Muriaé

Fonte: Gazeta de Muriáe



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