Gazeta de Muriaé
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Em 03/06/2013 às 14h52

Coluna de Psicologia: Limite e afeto prevenindo a violência

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A violência e a agressividade são as maiores preocupações que todos nós temos hoje. Vivemos sob o impacto do medo, da insegurança, da desconfiança, da falta de amor e do respeito pelos nossos semelhantes.

O que podemos fazer de diferente para mudarmos nossa sociedade? Será que devemos somente esperar que grandes ações sejam realizadas?  Não podemos esperar que só os outros, os políticos, as autoridades e as escolas tenham a responsabilidade de mudar esse cenário, essa realidade? Não, essa mudança tem que começar com pequenos gestos que, somados, se tornarão grandes. Inconformados com a ordem das coisas, podemos fazer uma corrente do bem e acreditar que somente atitudes positivas podem formar uma criança e torna-la um cidadão do bem.

O AMOR é fundamental na formação da personalidade, dos valores, do senso moral e da noção de certo e errado. A criança vai formando e internalizando as noções de justiça, honestidade, respeito e atenção às necessidades do outro com os modelos de atitudes e relacionamentos do casal parental. Ela vai observando como os seus pais se respeitam, se ajudam e respeitam os outros. LIMITES e REGRAS CLARAS ajudam a estabelecer noção de como conviver bem para o resto da vida.

Uma educação com AFETO e AMOR requer atitudes de disciplina e de respeito à autoridade do pai e da mãe; com noções bem definidas do que é permitido e do que não é aceitável, como normas de condutas, de forma que a criança compreenda até onde ela pode ir, até onde os pais não cederão às suas chantagens e birras.

Afinal, quais são as causas da violência?

O que pode afastar nossas crianças e adolescentes do comportamento violento e destrutivo?Qual nossa responsabilidade como pais e profissionais?

Vários fatores podem levar à violência, ao desequilíbrio emocional, à impulsividade. Podemos citar alguns:

- falta de vínculos afetivos fortes;

- agressão física, negligência e severidade excessivas;

- lares instáveis e destruídos;

- atitudes familiares inadequadas (superautoridade e superpermissividade);

- falta de limites e regras bem estabelecidas na infância e adolescência;

- falta da figura paterna - esse fator é particularmente relevante, pois a ausência do pai traz um desequilíbrio financeiro na vida familiar, a mãe geralmente tem que trabalhar muito e acaba se ausentando também, crianças ficam sem disciplina e orientação, sem referência de um modelo forte;

- miséria, abandono e maus tratos;

- efeitos da violência doméstica - fator também relevante, pois gera agressividade e depressão infantil, baixo rendimento escolar, entre outros problemas.

Portanto, comportamento violento é um problema sério e pode ser prevenido com uma educação baseada no afeto e nos limites. Cabe aos pais não se omitirem e não minimizarem suas responsabilidades diante desse problema social.

Autor: Gazeta de Muriaé

Fonte: Gazeta de Muriaé



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