Gazeta de Muriaé
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Em 28/05/2013 às 15h03

Audiência pública apresentou situação do transporte coletivo em Muriaé

Para apresentar os resultados do trabalho da Comissão de Transportes da Câmara Municipal de Muraé, uma audiência pública sobre transporte coletivo urbano foi convocada pelo presidente da Câmara, Joel Morais de Azevedo Júnior (PMDB), com a participação do proprietário da empresa Coletivos Muriaeense e de representantes do poder executivo municipal.

Estiveram presentes à audiência a secretária Municipal de Administração Daniella Guarçoni, o diretor do Demuttran, Mário Brambila, o diretor do Coletivos Muriaeense, Felício Brum Lugão, o procurador do município, Eduardo Marge, e o presidente da União das Associações Comunitárias, Beneficentes, Culturais e Esportivas de Muriaé (Uacebem), Lucindo de Castro. A audiência aconteceu na noite de segunda-feira (27/05), e contou com a presença de todos os vereadores, exceto Wolney Gonçalves (PSDB), que não compareceu por motivos de saúde. Cerca de 100 pessoas também estiveram a sede da Câmara para acompanhar as discussões.

A comissão de transportes foi composta com os vereadores Manoel Carvalho (PMDB), Jair Abreu (PT) e David Lacerda (DEM). Em ata, a comissão concluiu que "após analisarem todos os trabalhos desenvolvidos pelos vereadores, com a participação e trabalho importante dos assessores de gabinete dos mesmos, chegaram a conclusão de que a empresa de ônibus Coletivos Muriaeense não está atendendo aos usuários dos transporte coletivo urbano com eficiência e respeito como está previsto no contrato firmado entre ela e a prefeitura".

O vereador Jair Abreu relatou sobre o trabalho da comissão, e expôs o resultado da apuração enquanto a situação do transporte público em Muriaé. Em apresentação, Abreu lembrou que o Contrato nº 163 de 2007, para a concessão do transporte, com término em 2022, diz em sua Cláusula 1ª que "os serviços ora concedidos deverão ser prestados de modo a atender as necessidades do interesse público, correspondendo as exigências de qualidade, continuidade, regularidade, eficiência e atualidade conforme previsto no Edital". E informou sobre dados que preocuparam a comissão.

Em contato com o Coletivos Muriaeense, a comissão levantou que dos 32 ônibus que rodam pela cidade, 13 possuem 15 ou mais anos de funcionamento, sendo três destes com 20 anos. Outro dado que alarmou os presentes foi o preço da passagem praticado em Muriaé, acima do que é visto nas cidades da região, de mesmo porte ou maior. Juiz de Fora, cobra R$2,05 pela passagem; Ubá cobra R$1,85, Itaperuna e Viçosa cobram R$2,00. A comissão informou que a passagem, que no ano 2000 custava R$0,70, hoje passou a R$2,20. Um aumento de 314%, com a inflação acumulada no período sendo no total de 140%, o que dificulta a justificativa pelos aumentos sucessivos.

As necessidades dos bairros enquanto a horários, condições dos ônibus e tratamento foram também expostas, na maioria das vezes girando em torno do mau atendimento, da falta de ônibus com elevadores para deficientes, falta de ônibus de qualidade nas periferias e aos poucos horários de ônibus na cidade.

Resposta

O diretor do Coletivos Muriaeense, Felício Brum Lugão, argumentou que há dois anos o Juizado do Trabalho fez com que a tabela de trabalho do coletivo fosse alterado, e que isso teria alavancado a situação e as reclamações em torno dos horários dos coletivos. Ele disse também que está trabalhando para fazer funcionar os horários dos coletivos, e que precisaria de mais 25 motoristas para melhor atender.

Diversos representantes da sociedade tomaram o púlpito para falar sobre a situação dos coletivos, seja para cobrar a maior presença de representantes da empresa no local, o cuidado e respeito com cadeirantes e deficientes físicos nos ônibus, e enquanto a disponibilidade de horários e linhas em novos bairros da cidade.

Conclusão do trabalho


Em nota, a comissão do transporte chegou à conclusão de que "a população, especialmente os usuários do transporte coletivo urbano de Muriaé, não está sendo bem atendida pela empresa de transporte Coletivos Muriaeense e que à luz da legislação em vigor, o poder público municipal, representado pelo prefeito, Dr. Aloysio Navarro de Aquino, deverá exigir o cumprimento imediato do contrato e, dentro da impossibilidade do seu cumprimento, deverá romper com o referido contrato assinado em 2007, abrir nova licitação e se possível, como é da vontade de todos os usuários, colocar duas empresas para prestação deste serviço público à população, sendo que a concorrência poderá restabelecer uma melhor política de atendimento do transporte público urbano em nossa cidade".

Segundo o Jair Abreu, o  levantamento feito pela Comissão já se encontra nas mãos do presidente da Câmara, e deve seguir para o prefeito Aloysio Aquino.


 

Fotos da audiência aqui.

 

 

Autor: Gazeta de Muriaé

Fonte: Gazeta de Muriaé



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