Em 15/06/2007 às 15h37
O Dia de Santo Antônio, o mais popular do país, foi comemorado na quarta-feira, 13 de junho. Ele é considerado “O Padroeiro dos pobres”, por causa da bondade e simpatia, mas é conhecido mesmo como "Santo casamenteiro".
Santo Antônio nasceu em Lisboa, em agosto de 1195 e foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana. Estudou e deu aulas de Teologia na Europa e morreu em 13 de junho de 1231, em Pádua, na Itália. A profundidade de seus textos doutrinários fez com que, em 1946, o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja.
Em demonstração à sua devoção, o Colégio São Paulo realizou na tarde da última terça-feira (12) a tradicional “Festa de Santo Antônio”, reunindo professores e funcionários. “Essa é uma maneira de nós encontrarmos e passarmos uma tarde alegre. Eu brinco que é uma festa das solteiras e que o intuito é ‘desencalhar’”, conta D. Maria do Carmo Couto, organizadora do evento.
Existem várias versões sobre a capacidade de Santo Antônio de favorecer a união dos casais. Uma delas conta que um jovem pobre, em idade de casar, não tinha dote e recursos. Ele teria ouvido histórias sobre os poderes de Santo Antônio em histórias de amor e rezou diante da imagem. Neste momento, um papel caiu da mão do Santo. Tinha um recado: "Dê à moça o equivalente ao peso do papel. Santo Antônio". O jovem estranhou, mas pesou as moedas na balança até os pratos se equilibrarem e se assustou ao ver que era o suficiente para o dote.
À frente da preparação da festa, que vem sendo promovida por 12 anos, D. Maria do Carmo confirma os poderes casamenteiros do Santo: “Todo ano, acabam casando duas ou três solteiras que participaram da festa”, atesta ela, que traz uma imagem do convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.
D. Maria do Carmo agita a tarde de encontro de amigas (funcionárias e professoras da Escola São Paulo) com outras brincadeiras: “Tem o pãozinho da fartura, a fitinha e simpatias para as solteiras arranjarem namorado e para as casadas segurarem o marido, a florzinha com o nome da pessoa, que se abrir, é porque vai haver casamento...”.
A história do “pão da fartura” ou "pão dos pobres" surgiu quando Santo Antônio era guardião de um convento franciscano. Ele distribuía pessoalmente aos pobres os pães que ficavam no cesto da cozinha. Na hora da refeição, um dos frades perguntou se não havia pão para a fraternidade. Santo Antônio pediu que ele voltasse à cozinha e que encontraria os pães. O cesto estava repleto. Hoje as pessoas costumam usar os pães para representar a fartura em suas casas.
Durante a comemoração, as convidadas também participaram de sorteios de brindes, como uma camisa com a estampa de Santo Antônio, caixa de bombom, imagem do Santo – para as solteiras -, e panos de prato para as casadas. Mas o auge da festa foi o “Bolo de Santo Antônio”, contendo alguns objetos misturados ao recheio: “Quem encontrasse uma aliança, vai se casar; um dedal indica muito trabalho, mas muito dinheiro; já a moeda simboliza a riqueza”, explicou a organizadora.
A Festa de Santo Antônio do Colégio São Paulo também contou, este ano, com a participação do Coral da Igreja Matriz São Paulo, que abrilhantou a tarde de confraternização com músicas religiosas.