Gazeta de Muriaé
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Em 02/03/2012 às 16h01

Serviço de Enfretamento ao crack e outras drogas visa à recuperação do usuário

O problema de dependência química, de uso de drogas, está se alastrando cada vez mais e é uma realidade bem próxima, sendo um problema social público que gera uma série de outros graves problemas. Para tentar, pelo menos, amenizar a questão das drogas, existe em Muriaé, desde janeiro de 2011, o Serviço de Enfretamento ao Crack e Outras Drogas, que é desenvolvido no Centro Educacional Dom Delfim, na Rua Itagiba de Oliveira, na Barra, onde era a antiga Febem e onde hoje funciona o CREAS- Centro de Referência Especializado em Assistência Social.

  De acordo com a psicóloga responsável pelo Serviço, Jaine Silva Feliciano, o objetivo é levar o dependente químico a um processo de recuperação, e mais a frente, levá-lo a largar o uso da droga. "É usar nossas ferramentas, usar o que a gente tem de recursos, na saúde, na educação para tirá-lo das drogas", declarou Jaine.

   Segundo ela, o Serviço de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas é originário de uma idéia do governo federal, quando foi lançado o decreto de enfrentamento ao crack e outras drogas, no ano passado. Este decreto ressaltou que deveria ser um trabalho desenvolvido em rede, envolvendo toda a sociedade. Quando a partir disso, passou-se a articular no Estado um enfrentamento mais efetivo contra as drogas. "Antes era feito de forma isolada, mas agora não, há uma conscientização, por causa da elevada demanda passou a ser um problema sério", afirmou a responsável pelo Serviço em Muriaé.

   Este Serviço funciona acolhendo o usuário e sua família, encaminhando para uma internação, encaminhando a família a um grupo de apoio, encaminhando para os grupos de apoio existentes na cidade, como NA-Narcóticos Anônimos, AA-Alcóolicos Anônimos, e outros. O programa acolhe mesmo quando o usuário ainda não está preparado, ainda não quer largar o vício, realizando um acompanhamento com a família, o que reduz um pouco o dano, "muitas vezes quando ele está sendo acompanhado pelo serviço ele usa menos a droga", observou à psicóloga que afirmou ter tido bons resultados no município.

  Atualmente em Muriaé, são assistidas constantemente, em média, cerca de 40 a 50 pessoas, conforme disse Jaine. Segundo ela, para trabalhar essa questão é preciso lidar com três pilares: a prevenção, o usuário em si e a família do dependente. A psicóloga preocupada fez uma importante observação, "ainda falta muita conscientização, se não for feito um trabalho sério, daqui a pouco estaremos sobrecarregados em diversas áreas".

   Para oferecer acompanhamento à família dos dependentes químicos são desenvolvidos Grupos de Família que funcionam, geralmente às segundas-feiras, na Casa Acolhedora, a partir das 18h30, "vamos reiniciar agora em março", disse Jaine, que aproveitou para concluir deixando um recado, "é importante que as pessoas estejam participando, mesmo aquele usuário que ainda não quer sair da droga" e ainda acrescentou, "às vezes a família está lá sofrendo, vem participar conosco, pelo menos vamos oferecer uma luz e orientar como será possível lidar com esse problema", encerrou, com o apelo, a psicóloga.

  *Para encaminhamento de alguém ou para obter algum tipo de informação é só ligar no telefone do CREAS: 3722-3659

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Tags: crack, dependência, vício, tratamento



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