A Prefeitura de Muriaé junto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, a Casa Acolhedora Pe. Carlos Seelen e a Paróquia São Paulo estão promovendo, nesta terça-feira, 6, pela manhã, na Praça João Pinheiro, o lançamento da campanha "Quem dá esmola não dá futuro!". Uma equipe de profissionais está distribuindo panfletos e orientando a população, no chamado Dia de Conscientização, sobre como pode ser prejudicial esta prática de dar esmola aos moradores de rua.

A campanha se estenderá por todo mês de dezembro. No decorrer do mês serão realizadas visitas as escolas para a distribuição de panfletos e explicação aos alunos, conforme disse em entrevista, Tamara de Paula Almeida, assistente social da Casa Acolhedora Pe. Carlos Seelen. "porque acontece também aqui na cidade o caso dos menores que pedem esmola, vendem bala no sinal e isso também não é bom, isso faz com que eles continuem nessa relação de dependência", ressaltou Tamara.

Segundo a assistente social, a população de Muriaé ainda tem muito o hábito de dar esmolas. Hábito este que não ocorre em outras cidades, como por exemplo em Belo Horizonte é proibido dar esmolas. O objetivo da campanha é a conscientização da população de que esta prática prejudica o trabalho dos profissionais da Casa Acolhedora, "nós tentamos tirar esses moradores de rua das ruas, quando são imigrantes retornarem para suas cidades de origem, ou estar encaminhando para uma clínica de reabilitação e acabamos não conseguindo", declarou Tamara e ainda completou, "como eles são, na sua maioria, dependentes químicos ou alcoolistas, eles sempre estão voltando para a rua, pedindo esmola e conseguindo dinheiro para financiar seu vício, então isso dificulta muito nosso trabalho".

De acordo com Tamara, que trabalha há dois e meio na Casa Acolhedora, os próprios moradores de rua que são assistidos pela instituição falam que Muriaé é uma cidade muito boa, que o povo daqui é muito solidário. No entanto, a assistente social orienta que o ideal, caso a pessoa queira ajudar, seria estar colaborando com uma instituição que preste contas, "pois na verdade, quando você dá esmola, você financia a medicância", ressaltou ela e acrescentou deixando um apelo à população muriaeense, "se a população parar de dar esmola nosso serviço vai ficar muito mais fácil", encerrou a assistente social da Casa Acolhedora.