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Em 14/11/2011 às 14h42

14 de Novembro - Dia Mundial da Diabetes

Quando comemos, os alimentos sofrem transformações que promovem o aumento da glicose no sangue, nosso pâncreas aumenta a produção de insulina que vai levar esta glicose para dentro das células onde ela será utilizada como fonte importante de energia para nossa sobrevivência. No paciente com diabetes pode ocorrer basicamente dois eventos: pode acontecer falta de insulina, que é quando nosso pâncreas por algum motivo não consegue produzi-la ou; quando existe resistência à ação da insulina e esta não consegue enviar a glicose para dentro das células. Em ambos os casos a glicose se acumula no sangue que chamamos de Hiperglicemia, é o que caracteriza o diabetes. O paciente com diabetes apresenta sintomas característicos provocados pelo excesso de açúcar no sangue: poliúria que é o ato de urinar com muita freqüência; polidipsia que é quando o paciente apresenta sede intensa; astenia quando o paciente se sente muito cansado sempre; polifagia que é fome exagerada e; emagrecimento acentuado mesmo comendo acima do normal. Existem dois tipos clássicos de diabetes: Tipo 1: ocorre em pessoas com menos de 30 anos, neste caso o indivíduo não consegue produzir insulina, também conhecida como diabetes juvenil. O tratamento se faz basicamente com aplicação de insulina seguida de alimentação adequada mais exercício físico. É necessário o acompanhamento de profissionais de saúde e total adesão ao tratamento por parte do paciente. Tipo 2: ocorre em pessoas entre 30 a 40 anos de idade, neste caso ainda há produção de insulina que pode ser em quantidade insuficiente (na obesidade por exemplo) ou quando a insulina produzida não é eficaz, além de alimentação inadequada e sedentarismo.  O tratamento é seguido de avaliação e orientação médica, nutricionista, farmacêutica e psicológica além do apoio familiar. É necessária uma reeducação alimentar, prática de exercícios físicos e dependendo do nível da hiperglicemia uso de medicamentos hipoglicemiantes e até mesmo de insulina, se necessário. Os principais fatores de risco para diabetes tipo 2 são: casos de familiares diretos portadores de  diabetes; Idade maior que 45 anos; obesidade; tolerância diminuída à glicose ou anomalia de glicemia de jejum; além de mulheres que desenvolveram Diabetes Gestacional ou que tiveram filhos com peso acima de 4 kg ao nascer; hipertensão arterial; hipercolesterolemia e sedentarismo. Vale ressaltar que a maioria destes fatores de risco são perfeitamente evitáveis ou controláveis isto justifica ações de conscientização da população como a que ocorre dia 14 de novembro em todo o mundo. Existem também alguns fatores que contribuem para desencadear Diabetes. São eles: Stress; Infecções; Obesidade; Gravidez; Doenças que afetam o pâncreas, fígado ou de algumas glândulas como a tiróide, supra-renais e hipófise. Atualmente diabetes não tem cura, mas, pode ser controlada a partir das  orientações do médico especialista, nutricionista, farmacêutico e outros profissionais da saúde aliados à vontade e participação efetiva do paciente. Escolha seu caminho! Diabetes não controlada pode ocasionar doenças cardíacas; problemas circulatórios; problemas neurológicos (alteração da sensibilidade); problemas oftalmológicos (cegueira); problemas renais insuficiência renal com perda da capacidade de filtração do sangue e infecções com risco de amputações nos pés. Procure orientação profissional! Por Fernando Amaral de Calais Farmacêutico Especialista em Atenção Farmacêutica Mestrando em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente Diretor Técnico da DrogaSilva e Presidente da AFAMUR Professor no Curso Técnico de Farmácia em Muriaé  

Autor: Fernando Amaral de Calais

Fonte: 11º Congresso Mineiro de Farmácia - 2011

Tags: diabetes, doença



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