Casada, mãe de cinco filhos e avó de nove crianças e jovens, Maria Lúcia não é conhecida em Muriaé apenas pelo seu lado familiar. Ela já deixou muito muriaeense com água na boca por causa de seus doces e salgados. No ramo há mais de 30 anos, ela é proprietária da "Abelha Rainha" – a mais antiga doceria da cidade.

  Em entrevista a Gazeta de Muriaé, Maria Lúcia falou sobre sua carreira e o segredo para se fazer um bom doce. Ela ainda ressaltou a importância dos trabalhos comunitários.

Gazeta de Muriaé_ Quem é Maria Lúcia?

Maria Lúcia_ Mulher que preza pela família e está sempre preocupada com a qualidade dos produtos que produz.

Gazeta de Muriaé_ Fale-nos sobre a sua infância, família e escola?

Maria Lúcia_ Filha de Claudino Leite de Abreu e Etelvina Abreu e tenho um único irmão: Guilherme. Tive uma infância comum com brincadeiras e viagens para casa da família em Santo Antônio de Pádua. Na escola, aluna do Colégio Santa Marcelina.

Gazeta de Muriaé_ A senhora é conhecida na cidade pelo dom culinário. Como surgiu o gosto pela área?

Maria Lúcia - Sempre fui muito companheira da mamãe, com quem tive o meu primeiro contato com a culinária. Com o tempo fui me aprimorando, passei a confeitar bolos e então a fazer as demais variedades de doces e salgados.

Gazeta de Muriaé_ Como decidiu montar seu negócio?

Maria Lúcia_ Há mais de 30 anos, o comércio era carente de lanchonetes; foi quando comecei a conciliar as encomendas das festas com as entregas da loja, que acabou se tornando referência em nossa cidade.

Gazeta de Muriaé_ De onde surgiu o nome "Abelha Rainha"?

Maria Lúcia_ Sugestão do meu esposo, que na ocasião mantinha em nosso sitio uma criação de abelhas para extração de mel.

Gazeta de Muriaé_ Qual o segredo de um bom doce?

Maria Lúcia_ Qualidade dos ingredientes utilizados para fazê-los.

Gazeta de Muriaé_ Hoje a "Abelha Rainha", sua marca, é bem conceituada na cidade. Como a senhora age para ficar a frente da concorrência?

Maria Lúcia_ A concorrência não me incomoda, o mercado tem lugar para todos. Minha equipe de trabalho está comigo desde o começo; por isso. consigo manter a qualidade dos produtos e me manter no mercado durante todos esses anos.

Gazeta de Muriaé_ É verdade que as pessoas ainda preferem os doces produzidos artesanalmente do que os industrializados?

Maria Lúcia - Os doces produzidos artesanalmente primam pela qualidade porque são feitos de forma mais cuidadosa, enquanto os industrializados são feitos em grande escala, por isso perdem um pouco do sabor.

Gazeta de Muriaé_ Você participa do Rotary. Como tem sido estar envolvida em atividades comunitárias?

Maria Lúcia_ É muito importante pensarmos no bem comum e não só em nós mesmos, daí a minha participação no Rotary. No mundo tem que existir mais solidariedade.

Gazeta de Muriaé_ O que mais te encanta no Rotary?

Maria Lúcia_ O objetivo, afinal, está sempre voltado a ajudar sem necessidade de promoção. E com os companheiros acabamos formando uma grande família.