Vereadores debatem situaçao da AMIU
Os vereadores aprovaram ontem a revisão anual da remuneração dos servidores públicos de Muriaé. Anteriormente ao inicio da sessão parlamentar, os membros do Legislativo Municipal receberam a diretoria da Assistência Médica Infantil de Urgência – AMIU para tratar da sobrevivência da instituição hospitalar infantil que pode vir a fechar por falta de verba.
O projeto de lei referente a remuneração dos servidores municipais atraiu inúmeros funcionários à Câmara. Ficou estabelecido o índice de 6,3 por cento de reajuste para prefeitura e autarquias, assim como fundações municipais e Poder Legislativo, a ser aplicado sobre a remuneração básica mensal vigente no mês de dezembro de 2010 – excluídas as vantagens pessoais.
Na troca de informações entre os parlamentares e a diretoria da AMIU ficou colocada a importância da assistência infantil que a instituição presta para as crianças de Muriaé e região e sobre as dificuldades financeiras as quais o hospital vem passando. Segundo as informações da proprietária, Sonia de Andrade, existe um contrato para o repasse de 65 mil reais relativos aos atendimentos prestados e hoje, a Secretaria Municipal de Saúde vem repassando apenas 35 mil, o que leva a AMIU a funcionar no vermelho, sem conseguir honrar as dividas.
A AMIU atende pelo SUS e os valores repassados pelos atendimentos são baixos. Precisam pagar os médicos e o material usado. Caso o valor repassado pela União, estabelecido no contrato, não venha a ser depositado mensalmente na conta da instituição, manter a assistência pagando o salário dos profissionais e o material hospitalar adequado para a urgência será impossível. Foi este o teor do diálogo entre as partes.
Os vereadores se comprometeram a estudar o caso e buscar maiores esclarecimentos sobre a possiblidade do repasse integral do valor do contrato: 65 mil reais mensais. Houve uma grande preocupação que se evidenciou no contexto: caso feche a AMIU o serviço de pronto socorro infantil deverá ser repassado para o Hospital São Paulo, o que levaria a um estrangulamento no atendimento de pessoas e crianças.
Para o vereador Sargento Joel haveria um inchaço nas instalações do HSP que hoje já enfrenta o problema de superlotação, já que o hospital referência recebe demanda de toda a região. Para o Dr. Lydio Bandeira de Melo todas as prefeituras estão com problemas relacionados aos pronto socorros e a solução para Muriaé não seria unir o serviço de atendimento adulto e infantil num mesmo lugar: "Somos uma das poucas cidades do Brasil que hoje tem atendimento infantil especializado e não podemos perder este diferencial", salientou ele, dizendo-se ser imprescindível manter a estrutura em funcionamento.
O presidente da Câmara, Vander Gonçalves, se comprometeu a organizar uma comitiva para estudar o caso e buscar uma alternativa junto ao prefeito José Braz, já que a justificativa da Secretaria de Saúde é de que a verba para o serviço fora reduzida no início do ano. A Comissão Parlamentar de Saúde também estará estudando o caso, buscando auxílio junto as autoridades estaduais, para solução do problema.