Gazeta de Muriaé
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Em 16/05/2011 às 09h14

Reunindo centenas de pessoas, Itamuri recebe cinzas de Alencar

A Igreja Nossa Senhora da Glória, no distrito de Itamuri, ficou pequena para receber as cinzas do mais ilustre filho da terra. A missa em homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar atraiu centenas de cidadãos da própria localidade, do distrito vizinho Belisário e, principalmente, de Muriaé, município ao qual ambos pertencem administrativamente. A celebração aconteceu na tarde deste sábado, no mesmo local onde o empresário e político foi batizado pouco tempo após vir ao mundo, em 1931 - o que foi simbolizado com a frase "O importante é voltar", que o então jovem Alencar ouviu de seu pai, Francisco Gomes da Silva, aos 14 anos de idade, quando decidiu sair de casa para trabalhar.

Parentes, amigos, velhos conhecidos ou apenas curiosos, todos queriam dar o último adeus ao homem que, por ter lutado contra o câncer durante 13 anos, tornou-se símbolo de garra e persistência para sobreviver. E a celebração aconteceu da forma como Alencar sempre se mostrou: simples e, ao mesmo tempo, elegante. Na pequena e pacata Itamuri, o responsável por rezar a missa em memória do famoso cidadão foi o bispo Dom Dario Campos que, até o último dia 27 de abril, comandou a Diocese de Leopoldina, à qual o município de Muriaé está vinculado.

Após o breve discurso do prefeito José Braz homenageando o ex-vice-presidente, a celebração teve início. As cinzas de Alencar foram carregadas pela viúva, Mariza Campos Gomes da Silva - que entrou na igreja juntamente do filho Josué Gomes da Silva, do neto e de cunhados - e colocadas sobre a mesa instalada em frente ao altar. Após sentarem-se nos lugares a eles reservados, Dom Dario pediu que a jovem Bethânia entregasse a dona Mariza, em nome do povo de Itamuri, buquê de flores para homenagear o ilustre filho da comunidade - carinho recebido e prontamente retribuído pela viúva, que beijou a menina e colocou o presente ao lado das cinzas do marido.

A celebração transcorreu normalmente e durou cerca de uma hora. Após a comunhão, era chegada a hora do ato final. Dom Dario solicitou à família de Alencar que, enfim, colocasse o pote com as cinzas de Alencar na urna aberta sob o piso da igreja, no espaço à direita do altar. Dona Mariza e os familiares não contiveram a emoção. Foi ali, na mesma igreja construída com a colaboração de seu pai e onde recebeu a primeira bênção do Divino Espírito Santo, que José Alencar recebeu seus últimos aplausos antes de descansar para sempre.

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O Gazeta de Muriaé disponibilizará, em breve, fotos da cerimônia que marcou o distrito de Muriaé.

Tags: alencar, cinzas, itamuri, distrito



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