Quem passa pela Avenida JK, na altura do Centro da cidade, tem se deparado, nas duas últimas semanas, com um tipo diferente de sinalização de trânsito. O mesmo vale para os condutores e pedestres que transitam pela Avenida Constantino Pinto e pela Rua Coronel Domiciano. Desde o início do ano, faixas de pedestre elevadas estão sendo implantadas na cidade, o que tem tirado a paciência de alguns motoristas, pela altura que elas possuem.

Segundo o chefe do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), Arino Roberto Vasques, Muriaé possui atualmente cerca de 30 mil veículos automotores e muitos deles se envolvem em pequenos acidentes ligados a velocidade excessiva.

"Como a faixa é elevada, ela ajuda a diminuir o número de acidentes na cidade, fazendo com que o condutor diminua a velocidade ao se aproximar dela", revela.

Outro motivo para a adoção da faixa – que também é adotada em outras cidades da região e do Estado, é a facilidade para a transposição para portadores de necessidades especiais e idosos, em especial. Arino explica que a faixa é rente à calçada, evitando que o pedestre precise descer o degrau para andar pela rua. "Desse modo quem anda a pé fica mais seguro", aponta.
Contudo, muitos motoristas têm reclamado da nova sinalização. Aposentada, Maria de Fátima Silva disse que já danificou o escapamento do carro passando em uma das faixas elevadas. "É um absurdo. Eles deveriam sinalizá-las melhor para que a gente não seja pega de surpresa quando já estiver em cima dela."



O Chefe do Demutran alega que existem placas apontando todas as faixas e que, muitas vezes, falta atenção por parte dos motoristas.  "O condutor passa todos os dias num mesmo trajeto e, ás vezes, não percebe que fora colocada uma nova sinalização. Colocamos placas informando sobre as faixas." Porém, ao andar pela cidade, a Gazeta constatou que no cruzamento entre a Rua Santa Rita e a Avenida Dr. Passos – a primeira a ser construída em Muriaé, não possui placas informando.