Gazeta de Muriaé
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter

Em 25/04/2011 às 16h52

Gazeta Entrevista: Dr. Carlos Fernando

Poucas pessoas que não sonham em ocupar algum cargo político

Dr. Carlos Fernando Costa é um dos mais capacitados pediatras de nossa cidade, exercendo esta nobre profissão há décadas.

Nasceu em nossa cidade, estudou e formou em Juiz de Fora, voltando, posteriormente, para sua terra natal, onde permanece até esta data.

Teve participação ativa, também, na política muriaeense, tendo sido vereador e prefeito. Interessado em participar de trabalho comunitário, fez parte do Lions Clube Muriaé Barra, onde exerceu vários cargos de diretoria, inclusive o de presidente. Sua atividade leonística não ficou restrita a Muriaé, pois no Distrito foi Presidente de Divisão, que congregava várias cidades da região.

 

Gazeta de Muriaé_ Como foi sua infância?

Dr. Carlos Fernando_ Nasci em Muriae em 06 de novembro de 1950, somos 6 irmãos e nossos pais lutaram com muita dificuldade para nossa criação, mas conseguiram dar a todos nós uma formatura. Estudei no Colégio Santo Antônio (que não existe mais), Escola São Paulo e Estadual, e depois fui para Juiz de Fora onde fiz o vestibular e fui aprovado para a Universidade Federal, no curso de medicina e estou formado há 36 anos.

Gazeta de Muriaé_ Dr. Carlos, fale para nós de seu interesse pela medicina.

Dr. Carlos Fernando_ Acontece situações na vida da gente e não sabemos o porque. Meus pais diziam que, desde pequeno, eu queria ser médico. Abracei esta profissão e dentro desta linda profissão e escolhi o ramo da pediatria, onde tenho trabalhado neste período todo. Optamos em vir para Muriaé por ser a nossa terra natal e queríamos aqui, exercer nossas atividades profissionais e encerrarmos aqui também. Faço parte do corpo clínico do Hospital São Paulo desde quando comecei a exercer o oficio. Sou médico também da Samec – firma que presta serviço de medicina do trabalho para diversas empresas da cidade; faço parte do Estado como funcionário, atendendo em bairros periféricos e tenho uma grande satisfação de ver, depois de tanto tempo, crianças que passaram por mim e que agora me procura com os filhos. Isso é muito gratificante. Procuramos levar a nossa vida de maneira bem simples, bem profissional, com as melhores intenções para com aqueles que nos procuram para o alívio de seus sofrimentos.

Gazeta de Muriaé_ E o seu interesse pela política. Como se deu?

Dr. Carlos Fernando_ Quase todas as pessoas gostam de ter novas experiências, principalmente na política. Poucas pessoas realmente que não possuem o sonho de ocupar algum cargo político. Tentei e consegui uma vaga na Câmara de Vereadores entre 1993 e 1996. No final do mandato, fui convidado para disputar o cargo de Prefeito. Aceitei, o grupo foi vitorioso, mesmo que com muito custo, já que na época não contávamos com muitos recursos financeiros. A maioria das nossas ações foram conquistadas através de recursos próprios. Consegui, na época, pouca coisa com ajuda dos governos Federal e Estadual. Quero salientar que a Escola Gilberto José Tanus Braz, do Joao XXIII, que foi uma obra estadual, graças ao governador Eduardo Azeredo e foi terminada na minha gestão, com muita satisfação. Conquistamos também alguns tipos de convênios importantes com a atual Energisa, com a Vale do Rio Doce, para que pudéssemos conquistar algumas obras, como o Teatro Zaccaria Marques e a Fundarte; o início da recuperação do Grande Hotel Muriahe, que sofreu aquele incêndio. Conseguimos também humanizar a Avenida JK. Algo que eu tenho bastante orgulho é a Praça João Pinheiro. Ela era considerada um verdadeiro antro de marginais. Então, retornamos a praça ao seu trajeto anterior. Com isso, houve o aquecimento do comércio e hoje ela é frequentada por famílias e isso para gente é gratificante. Também dentro da minha administração, considero importante o Fundo de Assistência do Servidor; com isso, quem saiu ganhando foi o funcionalismo. Este é um dos poucos fundos municipais que está em ordem. Também foi mérito nosso a criação do Demsur. Tínhamos o Demae e o Demlub, e ele não conseguia fazer sua arrecadação. Por isso, condensamos os dois em um único e todo o trabalho de infra estrutura e saneamento passou a ser feito pelo Demsur.

Gazeta de Muriaé_ Você sempre participou de trabalho comunitário. Como foi no Lions Clube Barra?

Dr. Carlos Fernando_ Na parte social fui durante muitos anos sócio ativo do Lions Club Muriaé Barra e dentro da entidade fui tesoureiro alguns anos e presidente por um mandato. Tivemos a oportunidade, junto com os outros companheiros e domadoras, realizar um bom trabalho junto a nossa comunidade. Foi muito interessante e válida esse período de servir desinteressadamente a nossa gente. Eu estive presente em várias Convenções Distritais e ocupei o cargo de Presidente de Divisão, isto é, dentro do Distrito tive cargos importantes o que me engrandece por pertencer a este clube de serviço.

Gazeta de Muriaé_ Como é ser pediatra?

Dr. Carlos Fernando_ A pediatria é uma questão de foro íntimo e tem sido uma profissão que tem me dado muito alegria. É uma das especialidades mais difíceis porque nós labutamos com pacientes que muitas vezes não sabe expressar o que está sentindo. Contudo, nos proporciona também muita alegria e acompanhar de perto as famílias que me procura.

Gazeta de Muriaé_ Como anda a medicina muriaeense e o que é necessário para continuar melhorando?

 Dr. Carlos Fernando_ Para os profissionais da saúde que estão desempenhando sua atividade há muitos anos, a medicina de Muriaé passou por grandes mudanças. Nós estamos vendo o grande mudança que aconteceu em Muriaé, para melhor.Os profissionais, de todas as especialidades, se esforçam para oferecer condições melhores, cada vez maior para os pacientes. Hoje temos muitos hospitais como o Hospital de Câncer Prontocor, o Hospital São Paulo, a Casa de Saúde Santa Lúcia,a Amiu e anos atrás se resumia apenas em Hospital São Paulo. Muriaé é uma referência em saúde na região, mas precisamos que as autoridades continuem a trazer recursos para que o progresso seja contínuo.  Nossa cidade peca por não ter ainda uma UTI Neo-natal e UTI Pediátrica, que depende de força política. É preciso que haja uma pressão sobre as pessoas que nos representam nas esferas estadual e federal para que tenhamos este progresso e, só assim, nossa medicina estará completa. 

Tags: entrevista, política, desenvolvimento, medicina



Gazeta de Muriaé
HPMAIS