Gazeta de Muriaé
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Em 15/04/2011 às 11h11

Deficientes saem de instituições e ganham a sociedade

Foi-se o tempo em que as famílias escondiam integrantes que possuíam algum tipo de deficiência física ou mental, ou os deixavam presos em instituições e entidades. Com o passar das décadas, se conheceu melhor o perfil de portadores de necessidades especiais, tanto que grande parte deles estão inseridos em escolas e até mesmo em empresas, levando uma vida considerada "normal".

A contratação de pessoas com necessidades especiais surgiu graças a uma lei do Governo Federal. Conforme a legislação trabalhista, toda a empresa com mais de cem funcionários deve respeitar a lei das cotas, ou seja, destinar entre 2 e 5% de suas vagas a trabalhadores com algum tipo de deficiência.  

Já o Ministério do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também mantém um programa de apoio ao cumprimento das cotas. O Projeto Piloto Nacional de Incentivo à Aprendizagem das Pessoas com Deficiência foi criado em parceria com Ministério Público do Trabalho e conta com a participação de 35 empresas. Desenvolvido em 10 estados brasileiros, ele estimula os empresários a contratar aprendizes deficientes por dois anos, com o compromisso de qualificar os trabalhadores e depois contratá-los por tempo indeterminado.

Em Muriaé, estima-se que mais de 50 empresas já adotaram um funcionário que possua algum tipo de necessidade especial. De acordo com a diretora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Muriaé, Sônia Silva Abreu, cerca de 37 alunos da instituição –que comemora 36 anos no próximo mês, já estão empregados.


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"Temos alunos também que trabalham como autônomos, aplicando o que aprenderam nas nossas oficinas", revela a diretora.

Para profissionalizar os alunos, a Apae oferece salas especiais que oferecem cursos que vão desde artesanato a corte e costura. A entidade também possui uma sala de computação com 18 máquinas – todas adaptadas ás necessidades dos alunos. "Temos uma estagiária cedida pela Secretaria Municipal da Educação. O laboratório funciona todos os dias e os alunos tem uma percepção muito grande quando se envolvem no universo virtual", acrescenta Sonia.

Sobre as empresas de Muriaé que empregam os portadores de necessidades especiais, ela afirma que, na maioria, são empresas que recebem os deficientes de maneira acolhedora e se mantém dispostas a "ensiná-los quantas vezes forem preciso". "Lógico que muitas contratam por causa da lei, mas eles são muito bem recebidos."

>>> Leia a matéria completa na edição desta semana do Gazeta de Muriaé

Tags: social, preconceito, deficentes, apae, solidariedade



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