Em 12/04/2011 às 10h10
O pesquisador da Epamig, Antônio de Pádua Alvarenga, informa que o programa terá condições de emitir um selo socioambiental. Uma das possibilidades será a obtenção, para os produtores portadores do selo, do direito de venda de crédito de carbono com o plantio da seringueira. "Essa cultura é a que mais sequestra carbono, um índice igual ou superior ao das matas naturais", explica.
Alguns objetivos do programa são a geração de emprego e renda, a recuperação de áreas degradadas e a preservação do meio ambiente.
Atualmente está em andamento a formação de mudas e jardins clonais em
diversos locais, sob a coordenação da Epamig e Minas Hevea.
O mercado é promissor porque o cultivo da seringueira proporciona grande rentabilidade. Segundo o Centro de Inteligência em Florestas (CIF), até 2030 a demanda nacional de borracha natural alcançará um milhão de toneladas, sendo que a produção brasileira é de 130 mil toneladas anuais.
Em Minas Gerais, a produção atual é de 4,5 mil toneladas em três mil hectares plantados, distribuídos em nove regiões: Central, Leste, Zona da Mata, Sul de Minas, Triângulo, Alto Paranaíba, Centro-Oeste, Noroeste e Vale do Jequitinhonha. O rendimento médio das seringueiras nessas regiões varia de 750 a 2,8 mil quilos de borracha natural por hectare, sendo os melhores resultados obtidos nas áreas do Centro-Oeste e no Alto Paranaíba. O Triângulo Mineiro se destaca com a maior produção, cerca de 77% do volume registrado no Estado, vindo em seguida o Noroeste e a Zona da Mata.
Na Zona da Mata, a produção está concentrada no entorno dos municípios de Muriaé, Leopoldina, Cataguases, Raul Soares e Ponte Nova. A maioria deles, segundo Antônio Alvarenga está iniciando a atividade e cultiva, em média, uma área de 20 hectares.
Agricultura familiar