O Ministério da Saúde anunciou na última segunda-feira um total de seis novos casos de dengue tipo 4 no estado de Roraima, totalizando 10 casos confirmados. A informação foi ratificada pelo Instituto Evandro Chagas, de Belém, após a análise de amostras de 70 casos suspeitos. O surgimento de novos casos levanta dúvidas sobre a gravidade da infecção pelo DEN-4, que reapareceu no Brasil depois de 28 anos.

Especialistas de saúde alertam que as chances de que o vírus circule no país são grandes, porém, reiteram que o tipo 4 não é mais potente que os outros três – o problema está na falta de imunização. Se a pessoa for contaminada uma vez com o tipo 1 do vírus da dengue e depois com o tipo 4, ela pode desenvolver a dengue hemorrágica, que é o quadro mais grave e mais letal da doença.

Depois que foram registrados casos de dengue tipo 4 no estado do Rio de Janeiro, a preocupação aumentou, principalmente nos estados que fazem divisa, e em Muriaé não é diferente, já que o município está localizado bem perto de cidades do estado fluminense, como Itaperuna, Miracema, Laje do Muriaé, entre outras.

Por causa deste alerta, o Setor de Endemias da cidade, está intensificando o trabalho na prevenção da doença; o índice atual é de 0,96%, abaixo do 1% recomendado pelo Ministério da Saúde. No ano passado  Muriaé foi destaque na Zona da Mata, a primeira cidade com maior número de casos, foram 384, e o Índice de Infestação chegou a 2,39%.

 "Com o trabalho que realizamos no período chuvoso e a melhor conscientização dos muriaeenses, a Dengue aqui na cidade está sob controle, mas nosso trabalho continua", disse Ademar Pedrosa, chefe da equipe de combate a Dengue em Muriaé composta por cerca de 60 homens.

Mesmo a cidade, não tendo confirmado nenhum caso de dengue até o momento, as dicas são para a população fique conscientizada e faça a sua parte no combate ao mosquito transmissor. "No momento temos o Aedes Aegypty em Muriaé, mas não temos casos confirmados; então pedimos os moradores que fiquem atentos aos cuidados que deve ser tomado, não deixar nenhuma água parada, limpar as caixas d’água regularmente, as residências que possuem piscina, fazer a limpeza correta, não deixar lixo acumulado para não dar água". Ele lembra que já foi encontrado larvas do mosquito dentro de um filtro de água em uma casa visitada, e em outra residência, foram achados dentro do reservatório de água atrás da geladeira, lugares pouco comuns e que as pessoas nem imaginam onde possa parecer larvas.

A dificuldade para visitar as residências é o grande problema no momento, muitas pessoas ainda teimam em não deixar que os fiscais da prefeitura entrem em suas casas para fazer uma vistoria do local; então, Ademar pede que as pessoas não tenham medo e deixe que os locais sejam limpos para evitar problemas futuros. Não deixar mato acumular nos lotes, mantê-los sempre limpos, já que os fiscais não podem estar indo em todos os lugares.