Em 31/01/2007 às 16h23
A Prefeitura Municipal de Muriaé, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Muriaé lançou nesta semana o Plano Emergencial sobre as Estradas Rurais. O projeto conta com a parceria de órgãos públicos, empresas privadas e sindicatos: IEF, EMATER, Ministério da Agricultura, COCAMUR, laticínios DaMatta, Rural Minas, IMA, Natureza Ambiental, Grupo São Geraldo, AMERP, Sindicato Rural, Consórcio Miraí e todos aqueles que desejarem contribuir de alguma forma para que esse plano possa prosperar. O objetivo é minorar os danos causados pelas últimas chuvas às estradas rurais do município.
As chuvas intensas que caíram na região ocasionaram a queda de centenas de barreiras, a que terra estava saturada pelas insistentes chuvas, não comportou o excesso de umidade, o que veio a impediu, parcialmente, o tráfego de veículos e conseqüentemente o escoamento da produção em alguns pontos do município. Como o município é grande, as trombas d’água que aconteceram na região danificou, quebrou, destruiu muitas pontes de madeira e de concreto. Até então a situação estava sendo suportável, mas depois destas chuvas da semana é que ocorreu esse prejuízo imenso na zona rural. A partir daí a secretaria de agricultura se mobilizou para que um Plano Emergencial pudesse minorar as conseqüências das chuvas.
Em entrevista o secretário de Agricultura, Dr. Francisco Ofeni Silva falou com exclusividade ao Gazeta: "A partir daí, nós partimos para a elaboração de um Plano Emergencial e convocamos os órgãos conveniados à Secretaria para que juntos buscássemos soluções rápidas dos problemas emergenciais, para que, principalmente, a produção de leite não fosse interrompida e que o produtor não tivesse mais prejuízo.
O plano, segundo o secretário tem duas etapas: "A primeira é buscar solução rápida e manter as equipes vigilantes e também vistoriando todas as estradas. A segunda: A partir de agora, foi dividido em seis setores, formaram-se as equipes e as estradas estão sendo percorridas diariamente detectando os problemas para que os mesmos sejam sanados o mais rápido possível."
"O município tem as estradas principais, secundárias, terciárias, os galhos e as entradas até as propriedades. As estradas principais, graças aos trabalhos que foram realizados nesses dois últimos anos, de construção de pontes e de mais de 400 bueiros, resistiu muito bem, mas houve muita queda de barreira. Por exemplo: A estrada de Belisário não parou; a estrada de Divisório e São Fernando a Boa Família também não parou. A estrada de São João do Gloria ao Pontão, por onde escoa a produção de folhosos do município, teve alguns pontos críticos e ficou interrompida por momentos, mas isso foi sanado. Macuco, Sossego, Barão do Monte Alto e Ivaí não pararam porque foi feito um trabalho muito bom de bueiro e de ensaibramento."
Ofeni confirmou que o trabalho desenvolvido até o momento impediu que um mal maior acontecesse: "O trabalho de manilhamento, a construção de bueiros e ensaibramento, contribuíram para que as estradas resistissem, em muito, a este período de chuva intensa em nossa região. Isto ajudou a manter as estradas, evitando um mal pior, senão elas ficariam totalmente, literalmente intransitáveis, e graças a este trabalho o problema foi amenizado."
O secretário de Agricultura afirmou que o trabalho que está sendo iniciado num momento exato, nem sedo e nem tarde: "Esse trabalho, na verdade, começou há dois anos, visto que a gente vem investindo muito nas estradas. Agora, eu tomei essa medida porque a última chuva que caiu foi repentina e danificou muito, pois a terra que estava encharcada, não resistiu e caiu. Para coordenar melhor os trabalhos eu convoquei estes órgãos para nos ajudar e mobilizar mais rápido e a detectar mais problemas. Tem pessoas que estão sendo atingidas e nem manifestaram, ainda."
Sobre o trabalho que os parceiros da Secretaria de Agricultura irão fazer, Francisco Ofeni disse: "Estamos disponibilizando veículos e funcionários para atendermos as emergências. Ir no local e ver. Porque tem muitos casos que as pessoas estão relatando problemas que não parecem ser tão graves, mas que pode ser até mais grave e a gente tem que saber qual o tipo de máquina que seria mais produtiva para o serviço, evitando perder tempo e viagem; o que a gente quer na verdade é potencializar as nossas ações.'
Para o produtor que teve prejuízo com as enchentes em sua propriedade, a Secretaria de Agricultura orienta que o proprietário deve fazer o B.O.: "O Boletim de Ocorrência será útil pois é um documento da perda que ele teve na propriedade. O documento será encaminhado para a Defesa Civil e nós estamos acionando o Estado e já foi enviado relatório da situação para o Governo Federal, principalmente da agropecuária, pois temos muitos documentos, fotografias e filmagens."
O Secretário de Agricultura concluiu dizendo: "Tenho encontrado todo apoio no Prefeito José Braz, que acima de tudo tem demonstrado interesse e preocupação em resolver os problemas que tem acontecido não só no meio rural, mas em todo município."
30-01-2007