Gazeta de Muriaé
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Em 25/01/2007 às 15h22

É hora de se programar para voltar às aulas

  Prestes a iniciar a última semana do mês de janeiro, já nos vemos próximos ao término das férias, que sempre parecem tão curtas. São festas, viagens, muita diversão que passam num piscar de olhos.

  Pois agora é a hora de começar tudo de novo, após um descanso e baterias recarregadas, voltar ás aulas e se preparar para mais um ano cheio de atividades.

  A tevê, os jornais e as revistas, invadem nossos últimos dias de férias com propaganda maciça de uniformes, mochilas, livros, cadernos e demais materiais escolares. É!... não dá para esquecer que as aulas vão começar... E como estão os preparativos aí na sua casa? Já começou a pesquisar os preços dos materiais escolares de seus filhos? Ir às papelarias e escolher cadernos, livros, tudo se torna uma diversão para as crianças, mas acaba custando muito caro no bolso dos pais. Cada ano são mais novidades que aparecem em termos de cadernos, canetas coloridas, adesivos entre outros adereços que enchem os olhos da garotada.

  É importante salientar sobre os horários de dormir se já estão sendo modificados, pois nas férias sempre acabamos permitindo que as crianças durmam e acordem mais tarde, o que acaba acontecendo também com os horários de refeições, que se tornam menos rígidos. Afinal, não temos aquele compromisso rigoroso de horários e podemos e acabamos nos tornando mais liberais. Mas as aulas vêm aí e devemos, aos poucos, ir adaptando nosso ritmo, para juntos, assumirmos o compromisso com os horários e responsabilidades escolares.

O medo de voltar às aulas

  O significado da recusa de voltar às aulas após as férias é diferente da recusa da criança que vai a ela pela primeira vez. Algumas vezes ela é motivada pela insegurança gerada por motivos como: doença de uma pessoa próxima, separação dos pais ou excesso de atividades fora do período escolar como inglês, informática, entre outros, o receio de não corresponder às expectativas dos pais, notas baixas e dificuldades de aprendizagem anteriores, troca de professores, temor de que os colegas sejam diferentes da turma em que estava, etc.

  São esses sintomas passageiros, mas que costumam prejudicar durante as atividades do ano letivo. Caso persistam, os pais devem procurar orientação com os profissionais da própria escola, com um médico pediatra e um psicólogo. A família e a escola devem deixar claro para a criança que há uma parceria entre eles e um pacto visando o seu desenvolvimento harmonioso, com o qual ela se sinta realizada, confiante e feliz.

  Hoje em dia, a formação dos profissionais que atuam nas escolas é mais completa e aperfeiçoada. A maioria delas conta com equipes de coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e psicólogos. Há, também, uma preocupação maior com a criança como uma pessoa individualizada e em se acompanhar de perto o seu processo individual de desenvolvimento. No entanto, de nada adiantam todas essas características se a criança não gostar da escola.      É importante que ela se vincule emocionalmente aos professores, aos funcionários e que tenha amigos na escola. 

  A criança precisa sentir que aquele espaço também lhe pertence e que se sinta bem ali, para ter prazer de ir à escola, não só por causa das pessoas que dela fazem parte, como por tudo o que acontece por lá. Mais importante do que manter seu filho numa escola bem conceituada, é mantê-lo estudando num lugar de que ele goste e onde se sinta bem.


Autor: Leonardo de Castro

Fonte: Leonardo de Castro



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