Gazeta de Muriaé
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Em 10/07/2024 às 20h31

Operação Catarse VI cumpre três mandados em Muriaé

O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou nesta quarta-feira (10) a 6ª fase da Operação 'Catarse', em Muriaé. A ação é realizada desde novembro de 2021 e tem objetivo de apurar uma associação criminosa liderada por Carlos Delfim Soares Ribeiro, ex-presidente da Câmara do município, responsável por crimes de lavagem de dinheiro.

Segundo o MPMG, o ex-vereador é suspeito de movimentar grandes quantias através de contas bancárias de familiares. Até o momento, já foram apurados quase 800 crimes contra a Administração Pública.

Nesta nova etapa, policiais e investigadores cumpriram três mandados judiciais em Muriaé.

Ex-vereador foi condenado

Na terça-feira (9), Carlos Delfim, a esposa dele e um assessor foram condenados a 11 anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e associação criminosa após outras fases da Operação 'Catarse'.

Em outro processo, o ex-vereador respondeu pela prática de corrupção e 24 crimes de concussão - quando a pessoa tira vantagem do cargo público que ela exerce. Ele ainda responde na Justiça por outros 178 peculatos - desvio de dinheiro público - e dois por lavagem de dinheiro.

Segundo a Sejusp, Carlos Delfim chegou a ficar preso em Uberlândia por quase 2 meses, mas foi solto com uso de tornozeleira eletrônica em junho de 2023. Ainda conforme a secretaria, ele ainda não havia dado entrada no sistema prisional após a publicação da sentença.

Em nota, a Câmara de Muriaé disse que “o processo diz respeito exclusivamente ao mandado do ex-vereador e corre em segredo de Justiça”. Afirmou, ainda, que o Legislativo não está envolvido, não recebeu nenhuma notificação e que sempre colaborou com as investigações.

Operação 'Catarse'

Conforme o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, a operação já cumpriu 62 mandados de busca e apreensão desde o início.

Além disso, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, dois de afastamento de cargos públicos e 10 de mandados cautelares de proibição de contratação com a Administração Pública.



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